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Colunista Herbert Sousa (in memory)
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Mais da metade das mulheres brasileiras estão insatisfeitas com sua vida sexual


Metade dos brasileiros está insatisfeito na vida sexual. No quesito prazer, apenas 22% das mulheres chegam sempre ao orgasmo e só 44% delas estão satisfeitas com sua vida sexual. E quase 40% das mulheres reprovam sexo no primeiro encontro. Os dados são de uma pesquisa inédita divulgada em janeiro de 2014 pela marca de preservativos "Durex Global Survey Sex" em evento realizado em São Paulo.

O estudo, que entrevistou 1.004 homens e mulheres no país com idade entre 18 e 65 anos, sendo que 89% desse total estavam, na época da pesquisa, em união estável há mais de um ano, traçou o perfil sexual do brasileiro e foi apresentado pela terapeuta sexual Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade do instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP. O "Casal Sem Vergonha", formado pelos blogueiros Jaque Barbosa e Eme Viegas, que fazem sucesso na internet com dicas de comportamento sexual, também participou comentando alguns dados da pesquisa.

Em relação à duração do ato sexual, 36% dos homens e mulheres têm relação que dura de 6 a 15 minutos. Já 13% dos brasileiros levam até 5 minutos numa relação sexual como um todo e, para 33% dos entrevistados, o sexo dura entre 16 a 30 minutos. Mas por que o brasileiro, apesar da alta frequência e apesar de despender tempo para o sexo de pelo menos 20 ou 30 minutos em cada relação, não está conseguindo a satisfação sexual?
Imagem: ReproduçãoMulheres brasileiras insatisfeita com a vida sexual(Imagem:Reprodução)Mulheres brasileiras insatisfeita com a vida sexual
"Porque mais de 60% dos brasileiros têm dificuldade em admitir algum problema sexual. Se não admite, não lida com o problema, não busca soluções", explica a sexóloga Carmita Abdo. Segundo o estudo, 65% dos homens e 63% das mulheres não conseguem admitir dificuldades sexuais. Para a terapeuta, como a falta de diálogo sobre sexo é algo difícil para boa parte da população, a maioria dos casais não se sente apta em discutir abertamente sobre seus desejos e possíveis problemas durante a relação. "A falta de comunicação faz com que situações que poderiam ser facilmente resolvidas entre o casal se tornem um problema", avaliou a psiquiatra.

Jaque Barbosa explicou que a noção de que o brasileiro não tem tabus entre quatro paredes não é verdade. "Recebemos todos os dias cerca de 50 e-mails com dúvidas, desabafos e queixas sexuais. Apesar dessa ideia de que o brasileiro é um povo um pouco mais soltinho, nós percebemos que ainda há um verdadeiro tabu na hora de casais conversarem sobre sexo. Mesmo em casais com intimidade há muito tempo, esse assunto de sexualidade acaba sendo tabu", contou a blogueira do "Casal Sem Vergonha".

Além disso, fazer sexo com alguém que não seja o seu parceiro habitual é considerado traição por 91% das mulheres. Já 22% dos homens acham que fazer sexo fora da relação, desde que não seja uma relação afetiva, não significa traição. No geral, 18% dos homens revelaram ter outras parcerias sexuais fora do relacionamento e, entre as mulheres, 8% revelou a mesma coisa no momento da pesquisa. "Vamos percebendo que homens são, comparativamente com as mulheres, mais liberais quando se trata deles fazerem sexo", analisou Carmita.

*Com informações de Tempo da Mulher
 

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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