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Colunista Herbert Sousa (in memory)
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Dilma Rousseff pode ser investigada por crime de prevaricação


Um grupo de parlamentares pediu nesta terça-feira que a Procuradoria Geral da República (PGR) investigue se a presidente Dilma Rousseff cometeu crime de prevaricação na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras, em 2006.

A sequência de operações de compra e venda da refinaria de Pasadena causou um prejuízo de 1,18 bilhão de dólares à Petrobrás. Em 2005, a belga Astra Oil havia pago 42,5 milhões de reais pela mesma refinaria. Inicialmente, a Petrobras adquiriu 50% da propriedade; a outra metade ficou nas mãos da Astra Oil. Depois, a companhia brasileira passou a ser proprietária de 100% da refinaria.

Imagem: DivulgaçãoDilma e Lula em plataforma da Petrobrás(Imagem:Divulgação)Dilma e Lula em plataforma da Petrobrás

Os parlamentares querem que o procurador-geral, Rodrigo Janot, apure por que Dilma, que era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás na época, nunca tomou providências diante das irregularidades – nem depois de chegar à Presidência da República.

O crime de prevaricação se aplica quando um agente do Estado deixa de cumprir suas atribuições legais – no caso de Dilma, os deputados e senadores que foram à PGR argumentam que, tendo acesso aos documentos sobre a negociação e concluindo que o parecer era “técnica e juridicamente falho”, a presidente deveria ter agido para investigar o caso e punir os responsáveis.

O responsável pelo documento criticado por Dilma é Nelson Cerveró, que ocupava o cargo de diretor internacional da Petrobras. Até quatro dias atrás, ele continuava em um cargo de chefia na estatal: era diretor financeiro da BR Distribuidora. Cerveró só foi demitido depois da repercussão causada pelas afirmações da presidente.

Parlamentares de PDT, PP, PSB, PMDB e PSOL estiveram na PGR para pedir a investigação. Na tarde desta terça-feira, deputados e senadores de PSDB, DEM e PPS vão se reunir para tratar dos esforços pela criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue o assunto. 

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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