Esticaram a corda demais
As especulações e boatos crescem com o afunilamento das definições sobre as candidaturas majoritárias para as eleições de 2010. Tudo porque as candidaturas ao governo devem estar postas até o início de abril. Não custa jogar mais lenha na fogueira: como ficarão o vice-governador Wilson Martins e o prefeito Sílvio Mendes. Eles ainda tem condição de deixar de ser candidatos, em qualquer que seja o cenário?
Como se sabe, foi o vice-governador que deu um nó na sucessão, dentro da coligação governista. Desde o primeiro momento, ele bateu o pé: se assumir o governo, será candidato à sucessão de Wellington Dias. Como o governador tem sinalizado que pretende deixar em sua cadeira é outra pessoa, e não o vice, o time do governo embolou na pequena área.
Admitindo-se, entretanto, que Wellington Dias pode abdicar da candidatura de senador e ficar no mandato até o final – o que é muito pouco provável –, o vice-governador acaba por aí a sua pretensão de ser candidato ou segue em frente? Com que cara ele ainda pode desistir de concorrer ao governo depois de fazer tanto barulho e estar razoavelmente bem colocado nas pesquisas de intenção de voto?
Do mesmo modo, o prefeito Sílvio Mendes também terá ambiente para recuar, depois de alimentar por tanto tempo a oposição com a possibilidade de sua candidatura ao governo? Caso ele decida continuar na Prefeitura de Teresina, as oposições perdem o pleito deste ano já por antecipação, pois não dispõem de outro nome para o pleito.
O que se observa é que tanto o vice-governador quanto o prefeito de Teresina fazem um caminho sem volta para suas candidaturas a governador. A desistência de qualquer um deles, a estas alturas, seria o fim precoce de suas carreiras políticas, tendo em vista a disputa futura de cargos majoritários. Quem, entre as lideranças políticas, ainda iria confiar neles?
Em outras palavras: Wilson Martins e Sílvio Mendes esticaram a corda demais. Agora não tem como soltá-la sem prejuízos irreparáveis para suas carreiras e, sobretudo, para os seus partidos.
*Zózimo Tavares é editor chefe do Jornal Diário do Povo
As especulações e boatos crescem com o afunilamento das definições sobre as candidaturas majoritárias para as eleições de 2010. Tudo porque as candidaturas ao governo devem estar postas até o início de abril. Não custa jogar mais lenha na fogueira: como ficarão o vice-governador Wilson Martins e o prefeito Sílvio Mendes. Eles ainda tem condição de deixar de ser candidatos, em qualquer que seja o cenário?
Como se sabe, foi o vice-governador que deu um nó na sucessão, dentro da coligação governista. Desde o primeiro momento, ele bateu o pé: se assumir o governo, será candidato à sucessão de Wellington Dias. Como o governador tem sinalizado que pretende deixar em sua cadeira é outra pessoa, e não o vice, o time do governo embolou na pequena área.
Admitindo-se, entretanto, que Wellington Dias pode abdicar da candidatura de senador e ficar no mandato até o final – o que é muito pouco provável –, o vice-governador acaba por aí a sua pretensão de ser candidato ou segue em frente? Com que cara ele ainda pode desistir de concorrer ao governo depois de fazer tanto barulho e estar razoavelmente bem colocado nas pesquisas de intenção de voto?
Do mesmo modo, o prefeito Sílvio Mendes também terá ambiente para recuar, depois de alimentar por tanto tempo a oposição com a possibilidade de sua candidatura ao governo? Caso ele decida continuar na Prefeitura de Teresina, as oposições perdem o pleito deste ano já por antecipação, pois não dispõem de outro nome para o pleito.
O que se observa é que tanto o vice-governador quanto o prefeito de Teresina fazem um caminho sem volta para suas candidaturas a governador. A desistência de qualquer um deles, a estas alturas, seria o fim precoce de suas carreiras políticas, tendo em vista a disputa futura de cargos majoritários. Quem, entre as lideranças políticas, ainda iria confiar neles?
Em outras palavras: Wilson Martins e Sílvio Mendes esticaram a corda demais. Agora não tem como soltá-la sem prejuízos irreparáveis para suas carreiras e, sobretudo, para os seus partidos.
*Zózimo Tavares é editor chefe do Jornal Diário do Povo
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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