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Ex-auxiliar de Dilma é citada na Operação Zelotes

Erenice trabalhou como auxiliar de Dilma, quando a presidente era chefe da Casa Civil no governo Lula.

Em depoimento prestado para investigadores da Operação Zelotes, o motorista Hugo Rodrigues Borges, responsável por sacar dinheiro do esquema de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), declarou que a Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil, tinha contato com um dos escritórios suspeitos de participar do esquema. O escritório pagava propina ao conselheiro do órgão.

De acordo com o Estadão, o motorista informou que Erenice ia semanalmente a sede das empresas Silva, localizado na Lagoa Sul, em Brasília. A ex-ministra comparecia ao local com o ex-ministro de Minas e Energias Silas Roudeau, ligado ao senador Edison Lobão (PMDD-MA).

Imagem: André Dusek/AE/VEJAErenice trabalhou como auxiliar de Dilma, quando a presidente era chefe da Casa Civil no governo Lula.(Imagem:André Dusek/AE/VEJA)Erenice trabalhou como auxiliar de Dilma, quando a presidente era chefe da Casa Civil no governo Lula.

As investigações apontam que o motorista sacou quase R$ 4 milhões em espécie de contas associadas aos escritórios de consultoria de Silva. Borges era subordinado ao advogado José Ricardo da Silva e fazia de tudo no esquema da Carf.

Envolvimento

Erenice trabalhou como auxiliar de Dilma, quando a presidente era chefe da Casa Civil no governo Lula. Erenice assumiu em 2010 o cargo de ministra, após Dilma se lançar candidata a Presidência da República. No mesmo ano, ela deixou o cargo depois de ser acusada de tráfico de influencia no ministério.

Após sair do governo, a ex-ministra se associou a José Ricardo para defender no Carf os interesses da multinacional de telecomunicações Huawei. Erenice estava atuando como advogada.

Primeira fase da Operação


A Operação Zeloste teve sua primeira fase em março deste ano, quando foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão. Mas as irregularidades no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) estão sendo investigadas desde 2013. O caso teve inquérito instaurado em 2014. A Polícia investiga cerca de 70 julgamentos realizados pelo Carf no período de 2005 a 2013.


Origem do nome "Zelotes"


O nome da Operação vem do adjetivo zelote, referente àquele que finge zelo. O nome faz alusão ao contrate entre a função dos conselheiros do Carf de resguardar os cofres públicos e os possíveis desvios que efetuaram.

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