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Justiça aceita denúncia e Cabral vira réu pela quarta vez

Ex-governador do Rio de Janeiro é acusado pela procuradoria por 184 crimes de lavagem de dinheiro.

O juiz federal Marcelo da Costa Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, aceitou nesta terça-feira (14), mais uma denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Essa denúncia o acusa de 184 crimes de lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Eficiência. Com essa nova denúncia, Cabral se torna réu pela quarta vez. Três ações penais tramitam no Rio e uma em Curitiba.

Se tornaram réus no mesmo processo outras dez pessoas, entre elas a ex-primeira dama do Rio, Adriana Ancelmo, os doleiros e irmãos Marcelo e Renato Chebar, os operadores financeiros Carlos Miranda, Carlos Bezerra, Sérgio Castro de Oliveira, Álvaro José Galliez Novis e Ary Ferreira da Costa Filho, o sócio de Adriana Ancelmo Thiago de Aragão Gonçalves e o ex-assessor de Cabral Francisco de Assis Neto.

A procuradoria classifica Cabral na denúncia como “chefe de uma organização criminosa” e se baseia nas delações premiadas dos irmãos Chebar, doleiros e operadores financeiros do ex-governador no exterior. Em seus acordos de colaboração, os dois listaram operações de lavagem de dinheiro relacionadas ao esquema de corrupção liderado por Sérgio Cabral que somam 357,5 milhões de reais.

  • Foto: Fábio Motta/Estadão ConteúdoSérgio CabralSérgio Cabral

De acordo com informações do Estadão, o dinheiros foi desviado de obras do governo do Rio de Janeiro durante a gestão do ex-governador, entre 2007 e 2014, como a reforma do Maracanã para a Copa do Mundo, a construção do Arco Metropolitano e o PAC das Favelas. As apurações das operações Calicute e Eficiência apontam que Cabral cobrava 5% de propina sobre os contratos.

Segundo o documento, o dinheiro teria sido lavado, de acordo com o Ministério Público Federal, de sete maneiras diferentes, incluindo pagamento de despesas pessoais de Sérgio Cabral e seus familiares. “Os conjuntos de atos de lavagem de dinheiro narrados tinham por objetivo converter os recursos de propina em ativos de aparência lícita e/ou distanciar ainda mais de sua origem ilícita o dinheiro derivado de crimes de corrupção praticados pela organização criminosa”, diz a denúncia.

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