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Homem é condenado por infectar mulheres com HIV propositalmente

“Não restam dúvidas quando ao dolo do acusado em manter relações sexuais com as vítimas, a fim de lhes transmitir enfermidade incurável”, diz a sentença.

A Justiça do Rio de Janeiro condenou a sete anos de prisão um homem identificado como Renato Peixoto Leal Filho, acusado de contaminar intencionalmente mulheres com o vírus HIV. A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico do Rio de Janeiro (DJE) no dia 23 de maio.

Preso preventivamente desde julho de 2017, Renato começou a ser investigado ainda em 2015, após uma ex-namorada denunciá-lo à Polícia Civil. Após o primeiro depoimento, outra mulher procurou a polícia e disse também ter sido vítima de Renato.

Modus operandi

De acordo com as investigações, o acusado entrava em contato com as vítimas por meio de sites de relacionamento. Ao conhecer as mulheres, Renato não as informava que era soropositivo e as coagia para ter relações sexuais, muitas vezes de forma violenta.

“Não restam dúvidas quando ao dolo do acusado em manter relações sexuais com as vítimas, a fim de lhes transmitir enfermidade incurável”, diz a sentença assinada pela juíza Regina Esteves de Magalhães, da 19ª Vara Criminal.

A juíza disse que Rento procurava “seduzir as mesmas por meio de falsa promessa de um relacionamento estável e as atrair ao seu apartamento, onde as surpreenda, abordando-as rispidamente, com elas mantendo relações sexuais forma extremamente violenta, que incluía a prática de sexo anal, prática que facilita em muito o contágio do vírus, não as informando ser soropositivo”.

O que diz a defesa

Os advogados de Renato negam que o acusado não tenha informado para as mulheres que era soropositivo, não tendo assim a tenção de contaminá-las. Na decisão, no entanto, a juíza rechaçou a versão da defesa e entendeu que o acusado age com dolo.

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