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Temer diz que não pode admitir morte de brasileira na Nicarágua

A pernambucana cursava medicina na Universidade Americana em Manágua, capital do país.

O presidente Michel Temer, disse nesta quinta-feira, 26, que o Brasil não pode admitir a morte da estudante Raynéia Gabrielle Lima, de 31 anos, sem tomar providências a respeito. Ela vivia na Nicarágua e foi assassinada a tiros em circunstâncias ainda não esclarecidas. A pernambucana cursava medicina na Universidade Americana em Manágua, capital do país.

"Não é possível que nós admitamos simplesmente a lamentável morte de uma brasileira, sem que tomemos providências. Providências estão sendo tomadas diariamente", disse Temer após reunião com o presidente da China, Xi Jinping, pouco antes da abertura oficial da 10ª Cúpula dos Brics, na África do Sul. "Estamos tomando todas as providências anunciadas pelo nosso embaixador e ministro das Relações Exteriores para solucionar (o caso) o mais rápido possível."

  • Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão ConteúdoMichel TemerMichel Temer

O Itamaraty cobrou explicações do presidente Daniel Ortega, alvo de uma série de protestos nos últimos meses. Os atos têm sido reprimidos por forças de segurança leais ao governo, entre oficiais e paramilitares, além de partidários do mandatário.

Embora o governo nicaraguense não divulgue dados oficiais, entidades de direitos humanos do país calculam que mais de 300 pessoas já morreram no levante de oposicionistas, contrários à reforma da previdência promovida por Ortega - o estopim das manifestações.

  • Foto: DivulgaçãoRaynéia Gabrielle LimaRaynéia Gabrielle Lima


Além de pedir explicações à Nicarágua, o Ministério das Relações Exteriores convocou para consultas o embaixador brasileiro no país caribenho, Luís Cláudio Villafañe Gomez Santos.

"Como manifestação de sua profunda indignação com a trágica morte da estudante brasileira Raynéia Gabrielle Lima, em Manágua, e para que ele possa informar pessoalmente sobre o ocorrido e sobre a situação naquele país, o governo brasileiro chamou para consultas o embaixador do Brasil na Nicarágua, Luís Cláudio Villafañe Gomez Santos", disse o Itamaraty em nota.

O Ministério também condenou "o aprofundamento da repressão, o uso desproporcional e letal da força e o emprego de grupos paramilitares em operações coordenadas pelas equipes de segurança", e repudiou "a perseguição de manifestantes, estudantes e defensores dos direitos humanos".

"O governo brasileiro volta a instar o governo da Nicarágua a garantir o exercício dos direitos individuais e das liberdades públicas. O governo brasileiro exorta as autoridades nicaraguenses a enviarem todos os esforços necessários para identificar e punir os responsáveis pelo ato criminoso", afirmou o Itamaraty em outro comunicado.

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