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Polícia identifica mais um suspeito de matar ganhador da Mega-Sena

Jonas Lucas Alves Dias foi sequestrado e morto em Hortolândia no mês passado; outros três estão presos.

Um jovem de 22 anos foi preso na manhã desta sexta-feira, 7, suspeito de participação no assassinado de Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, que ficou milionário após ganhar R$ 47,1 milhões na Mega-Sena, em 2020. Na casa do suspeito, em Campinas, os policiais civis encontraram um dos carros usados no crime, um Ford Fiesta preto. No interior do veículo, foi apreendido um revólver calibre 38 com numeração raspada.

O suspeito, identificado pela polícia apenas com as iniciais M.V.F.S, foi autuado por porte ilegal de arma e teve o celular apreendido. A polícia não detalhou a participação dele no crime, mas o suspeito foi localizado durante as buscas a outro acusado, Marcos Vinyciys Sales de Oliveira, de 22 anos, que está foragido.

Conforme a Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba, com o suspeito preso, sobe para cinco o número de pessoas supostamente envolvidas no assassinato do milionário. Outras três – Roberto Jeferson da Silva, o Gordo, Rogério de Almeida Spínola e Rebeca Pereira Batista – também estão presas.

Dias foi sequestrado na manhã do dia 13 de setembro deste ano, quando havia saído de casa, no bairro Jardim Rosolém, em Hortolândia, para uma caminhada. Ele foi encontrado no dia seguinte, ferido e agonizante, na margem da Rodovia dos Bandeirantes. Levado a um hospital, ele não resistiu.

Imagens de câmeras de monitoramento obtidas pela polícia mostraram dois veículos, um Fiesta preto e uma caminhonete de cor clara, rondando a casa da vítima. Durante as 20 horas em que esteve em poder da quadrilha, Dias foi brutalmente agredido para revelar sua senha bancária e fazer transferências para contas dos suspeitos.

No total, foram feitos dois saques, totalizando R$ 2 mil, e uma transferência no valor de R$ 18,6 mil. Os criminosos tentaram desviar R$ 3 milhões da conta do milionário, mas a transação não foi bloqueada pelo banco. Imagens de câmeras de monitoramento e de uma agência bancária ajudaram a polícia a identificar a quadrilha.

A motivação do crime foi financeira: os suspeitos sabiam dos recursos obtidos pela vítima com o prêmio da Mega-Sena e que, apesar da fortuna, ele mantinha hábitos simples e não utilizava serviços de segurança pessoal.

Depois do crime, a irmã com quem Dias morava e seu irmão mais velho, herdeiros de sua fortuna, decidiram se mudar para um local não revelado e passaram a viver escondidos.

A defesa de Rogério e Rebeca nega a participação deles no crime. Segundo o defensor, Rebeca foi ludibriada para ceder os documentos dela, usados na abertura da conta usada para a transferência do dinheiro. Roberto Jeferson, que não tinha passagens pela polícia, também se diz inocente.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do novo suspeito preso, já que ele não teve a identidade completa divulgada pela polícia.

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