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Ex-comandante da Marinha no Governo Bolsonaro é alvo de operação da PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que também foi alvo da Polícia Federal, está proibido de deixar o Brasil.

O almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha do Governo Jair Bolsonaro, é um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (08).

O objetivo da ação é investigar uma suposta tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022. Estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão. quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão — que incluem a proibição de manter contato com outros investigados, de se ausentarem do país e a entrega de passaportes.

“Participo que face à situação política de nosso país, fui acordado em minha casa hoje, às 6h15m da manhã, pela Polícia Federal. Estando acompanhado apenas do Espírito Santo, em virtude de viagem da minha esposa. Levaram meu telefone e papéis de projetos que venho buscando atuar na iniciativa privada. Peço a todos que orem pelo Brasil e por mim”, disse Garnier em nota.

A PF cumpriu ainda mandados contra outros 15 militares, entre eles, o general Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil; Augusto Heleno, ex-ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional; e Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa.

Bolsonaro, que também foi alvo da PF, está proibido de deixar o Brasil e de se comunicar com outros investigados. O ex-presidente deve entregar o passaporte no prazo de 24 horas.

Em 2023, a relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD), pediu o indiciamento de Garnier pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Operação Tempus Veritatis

Os mandados estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal.

Segundo a operação, o grupo se dividia em dois núcleos de ação: um disseminava a ocorrência de “fraude” no pleito de 2022 a fim de “viabilizar e legitimar” uma intervenção militar.

Já o outro atuava no planejamento para realizar um golpe de Estado, “com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais em ambiente politicamente sensível”.

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