Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o inquérito no qual é investigado permaneça sob sigilo. Ele argumenta que a divulgação das informações pode representar um risco à segurança nacional e à integridade de autoridades públicas e de seus familiares.
No documento encaminhado à Corte, Tagliaferro critica a possibilidade de acesso público aos autos e classifica essa medida como um “erro crasso e pueril”. Ele também destaca que o inquérito contém dados sensíveis de mais de 3.600 pessoas, entre elas diplomatas, o diretor da Organização dos Estados Americanos (OEA), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, além de representantes da Presidência da República e familiares de ministros.

Segundo ele, tornar essas informações públicas exporia essas figuras a ameaças por parte de “inimigos da democracia”. Tagliaferro foi indiciado pela Polícia Federal pelo crime de violação de sigilo funcional com prejuízo à administração pública.
A investigação aponta que ele teria vazado mensagens do ministro Alexandre de Moraes para servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF), que posteriormente teriam sido repassadas ao jornal Folha de S.Paulo. O inquérito foi fundamentado com base em depoimentos prestados e na quebra de sigilo dos envolvidos no caso.
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