O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou, nesta sexta-feira (9), pela condenação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) a 10 anos de prisão, em regime inicial fechado, além da cassação de seu mandato. A decisão foi tomada em razão de sua suposta atuação como mentora de uma invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A 1ª Turma do STF está analisando o caso de Zambelli, que é acusada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Junto a Carla, o hacker Walter Delgatti também é réu no processo. Para Delgatti, Moraes sugeriu uma pena de 8 anos e 3 meses de reclusão. Além disso, o ministro determinou que ambos os réus paguem R$ 2 milhões, valor mínimo a título de danos materiais e morais coletivos, a ser destinado ao fundo previsto no art. 13 da Lei 7.347/1985.

O julgamento ainda aguarda os votos dos ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia.
Entenda o caso
O ataque aos sistemas do CNJ ocorreu em janeiro de 2023. Na ocasião, foi emitido um mandado de prisão falso contra o próprio Alexandre de Moraes, que dizia: "Expeça-se o mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes". Além disso, foi gerado um recibo de bloqueio de R$ 22,9 milhões em bens do ministro, valor correspondente à multa imposta por Moraes ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, por críticas ao sistema eleitoral.
Ver todos os comentários | 0 |