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Erika Hilton é alvo do Ministério Público por nomeação de maquiadores

Os opositores pedem ainda diligências no gabinete da deputada e a requisição de documentos.

Deputados da oposição protocolaram, nesta terça-feira (24), representações no Ministério Público Federal (MPF) e no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra a deputada federal Erika Hilton (Psol). A medida contesta a nomeação de dois maquiadores para cargos comissionados de secretário parlamentar em seu gabinete, fato revelado pelo Metrópoles. Os opositores alegam possível prática de improbidade administrativa e quebra de decoro parlamentar.

No MPF, o pedido é para que seja aberto inquérito para apurar se houve desvio de função e mau uso de recursos públicos, com eventual solicitação de devolução de valores aos cofres da União. Já no Conselho de Ética, os parlamentares pedem a abertura de investigação que pode resultar em punições que variam de advertência à perda de mandato.

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos DeputadosDeputada Erika Hilton
Deputada Erika Hilton

De acordo com os documentos apresentados, o maquiador Ronaldo Hass foi nomeado em maio deste ano, com salário de aproximadamente R$ 9,6 mil. Já Índy Montiel foi designado para o mesmo cargo em junho, com remuneração em torno de R$ 2,1 mil. O deputado Paulo Bilynskyj (PL), autor da representação, afirma que os servidores exercem funções incompatíveis com as atribuições previstas para o cargo.

“Segundo publicações dos próprios nomeados em redes sociais e registros fotográficos, ambos atuam como maquiadores pessoais da deputada, inclusive em eventos particulares, como o Carnaval e cerimônias oficiais”, destaca trecho do documento enviado ao Conselho de Ética. O parlamentar argumenta que há indícios claros de desvio de finalidade no uso da estrutura administrativa da Câmara.

Os oposicionistas pedem ainda diligências no gabinete da deputada e a requisição de documentos como folhas de ponto, relatórios de atividades e esclarecimentos da Secretaria-Geral da Mesa sobre a compatibilidade das funções exercidas. Caso a representação avance, Erika Hilton poderá responder a processo disciplinar, com direito ao contraditório e ampla defesa. Até o momento, a parlamentar não se manifestou sobre o caso.

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