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Colunista Feitosa Costa
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Ingênua, Fernanda Lages era usada como chamariz de bacanas


As investigações em torno da morte da estudante Fernanda Lages Veras, de 19 anos, cujo corpo foi encontrado ao amanhecer do dia 25 de agosto num pátio posterior do prédio em que funcionará o Ministério Público Federal, na avenida João XXIII, mostram que a garota era utilizada por algumas amigas e amigos como uma "verdadeira chamariz" de pessoas bem sucedidas financeiramente. Um rapaz confidenciou que a partir do mês de junho deste ano "Fernanda se tornou altamente cobiçada por algumas figuras que têm fama de pegadores".

Essas aproximações eram conseguidas em algumas oportunidades através da interferência de uns quatro amigos de Fernanda, especialmente por duas mulheres e dois homens. Um destes últimos já foi ouvido pelo delegado Paulo Nogueira e negou ter proporcionado um encontro de Fernanda com um seu amigo que vem sendo observado há mais de um mês.

Queria se divertir

De acordo com levantamentos feitos por este repórter, Fernanda pensava mais em se divertir e beber do que em qualquer outra coisa. Tratava-se de uma garota sem a maldade que os incrédulos custam a acreditar. Meiga e humanitária, foi facilmente manipulada especialmente nos dois meses que antecederam a sua morte.
Imagem: FlogãoFernanda Lages(Imagem:Flogão)Fernanda Lages
Até o dia 10 de junho deste ano Fernanda vivia "sob controle da família e do seu namorado", disse uma fonte altamente acreditada para este repórter. O comerciário paulista de São Bernardo do Campo Pablo Leão Vidal, que namorou a moça por 10 meses, tinha a confiança da família dela e tentava por todos os meios possiveis resgatá-la da companhia dos novos amigos.

Pablo, que também tem 19 anos e "amava Fernanda", como disse no inicio para o delegado Mamede Rodrigues e depois para Paulo Nogueira, voltou a ser ouvido apenas para esclarecer algumas coisas. Ele reafirmou ter acabado o namoro porque não conseguiu enquadrar a garota no seu sistema de vida, sem bebidas e muitas saidas à noite.

Perdeu a luta

Pablo Vital sofreu muito com a morte de Fernanda e durante todo esse tempo afirma com segurança que a garota era sem maldade. Quando perguntado se tinha conhecimento de possivel atividade ilícita da garota, reage com firmeza no sentido contrário. Na realidade o rapaz perdeu a luta para as novas companhias da então ex-namorada.

Há fortes indícios de que Fernanda, mesmo levando uma vida totalmente diferente da de Pablo, ainda gostava muito dele. Os novos amigos tinham Pablo como adversário e procuravam restringir a sua influência sobre a estudante.

Na véspera da morte de Fernanda, quarta-feira, dia 24 de agosto, por volta das 21 horas, houve mais um acontecimento marcante que dá a dimensão dessa guerra surda que era travada entre os novos amigos e amigas e Pablo Vital: a estudante se encontrou com o ex-namorado no estacionamento da Nova Unesc mas não pôde conversar com calma porque dentro do seu carro ficara Nairinha, sua nova amiga, que buzinava e dava toques no celular a todo momento para ela encerrar a conversa.

Nessa ocasião Fernanda pediu para reatar com o namorado com o que ele não concordou principalmente pelo estilo de vida que ela adotara. "Eu vou mudar, tenha paciência", disse-lhe Fernanda ao mesmo tempo em que sua amiga dentro do carro voltava a acionar a buzina.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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