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Economia e Negócios

Inflação oficial fica em 10,67% em 2015, a maior em 13 anos

Habitação, transporte e alimentos foram os que mais subiram de preço em 2015.

O Índice de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, fechou o ano de 2015 com 10,67%. De acordo com informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8), esta é a maior taxa desde 2002.

Considerando apenas o mês de dezembro, que ficou 0,96%, o avanço dos preços também é o mais alto em 13 anos, quando o IPCA chegou a 2,10%. Os números indicam que a inflação fechou bem acima do teto da meta de inflação do Banco Central para o ano.
Imagem: DivulgaçãoAlimentos e bebidas foram o que mais pesaram no bolso do brasileiro(Imagem:Divulgação)Alimentos e bebidas foram o que mais pesaram no bolso do brasileiro

Atualmente a meta para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas com a tolerância, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja descumprida. Em 2014 o índice havia avançado 6,41%.

Custo de vida

O aumento do preço dos alimentos e das bebidas foi o que mais pesou no bolso dos brasileiros em 2015. A taxa era 8,03% em 2014 e aumentou para 12,03%. Apesar de não ter sido o maior aumento, foi o que mais pesou no cálculo do IPCA.


“Especialmente no caso dos alimentos, o clima fez com que alguns produtos fossem prejudicados não só na quantidade, mas também na qualidade. A chuva nos estados do Sul prejudicou um pouco as lavouras, e os produtores já estavam sacrificados por custos de aumento de energia, frete, combustível e majoraram seus preços”, afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de preços do IBGE.

O que mais subiu foi o gasto com habitação, que passou de 8,8% para 18,31% em 2015. O grupo de transportes também houve grande avanço, em 2014 era de 3,75% e passou para 10,16% no ano passado.

Energia e combustíveis


Segundo o IBGE a energia elétrica e os combustíveis foram o maior impacto do ano, quando analisados os itens individualmente. Em média a conta de luz foi 51% maior que em 2014.

O reajuste no valor dos combustíveis chegou a 21,43%. A gasolina subiu em média 20,10% e o custo do etanol subiu 29,63%.

"Em 2015, os combustíveis tiveram um papel importante no sentido de pressionar a taxa. No final do ano, a gasolina foi reajustada em 6% e, durante os três últimos meses do ano, esse aumento teve uma repercussão. Não só pelo reajuste em si, mas também pela pressão do etanol. O etanol teve uma alta muito forte e isso teve uma influência sobre a composição da gasolina, já que 27% da mistura é de responsabilidade do etanol”, afirmou Eulina Santos.


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