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Economia e Negócios

CNA pede R$ 594 bilhões ao Governo Federal no novo Plano Safra

Documento propõe que o crédito para custeio e comercialização empresarial suba para R$ 390 bilhões.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou ao Governo Federal, nesta quinta-feira (24), um conjunto de propostas para o Plano Safra 2025/26. A entidade estima que o setor precisará de R$ 594 bilhões em crédito para enfrentar os desafios do próximo ciclo agrícola, um valor 24,6% maior do que os R$ 476,6 bilhões do plano atual.

O documento entregue ao governo propõe que o crédito para custeio e comercialização empresarial suba para R$ 390 bilhões. Para investimentos, a sugestão é de R$ 101 bilhões, enquanto a agricultura familiar deve receber R$ 103 bilhões. A CNA alerta que o setor enfrenta um cenário difícil, marcado por juros elevados, instabilidade cambial, eventos climáticos extremos e aumento nos custos de insumos.

Foto: Reprodução/PixabayColheita de soja
Colheita de soja

Entre os principais entraves destacados está o acesso ao crédito. A CNA defende a ampliação do Programa de Subvenção ao Seguro Rural (PSR), com um teto de R$ 4 bilhões, além da importância de manter o Proagro e criar um fundo de catástrofe. Também foram propostas medidas para desburocratizar o acesso ao financiamento e estimular práticas sustentáveis, com benefícios para quem adotar medidas socioambientais.

A confederação também propõe aumentar os limites de crédito nos programas voltados à agricultura familiar e aos médios produtores. O Pronaf passaria de R$ 500 mil para R$ 700 mil, enquanto o Pronamp teria o teto ampliado de R$ 3 milhões para R$ 3,8 milhões. O limite de crédito dos demais programas subiria para R$ 4,75 milhões. Também foi solicitada a elevação do percentual financiável no Moderfrota para 100% do valor do bem.

Mesmo com o crescimento de 20,5% na indústria de biodiesel em 2023, o PIB da cadeia da soja e do biodiesel caiu 5,03% em 2024, devido à quebra na produção de soja. A CNA afirma que o Plano Safra contempla apenas cerca de 33% das necessidades anuais de recursos do setor agropecuário, estimadas em R$ 1,2 trilhão. A entidade defende maior eficiência orçamentária e melhorias no fluxo de recursos de programas como o PCA (Programa de Construção de Armazenagem) e o Proirriga.

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