Renato Rodrigues
O Flamengo tem a maior torcida do país. São 32,5 milhões de brasileiros que vestem a camisa rubro-negra. O total corresponde a 16,2% da população brasileira. A pesquisa Ipec de julho de 2022 registrou que cerca de 23,6% da população nordestina, ou 13,6 milhões de pessoas, têm o Flamengo como sua primeira opção de time. Estes números devem sofrer um novo boom na próxima pesquisa, após o tricampeonato da Libertadores, no último dia 29 de outubro, diante do Athletico.
Os dados são para ilustrar uma postura que desagradou uma série de clubes da região. Isto porque, após o resultado das eleições, no último domingo (30), a diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, Ângela Machado, esposa do presidente do clube, Rodolfo Landim, se posicionou em seu Instagram sobre o resultado do pleito.
Natural de Aracaju, no Sergipe, ela afirmou que “ganhamos onde se produz, perdemos onde se passa férias, bora trabalhar pq se o gado morrer o carrapato passa fome”, escreveu Ângela em seu instagram. Lula teve ampla maioria de votos na região Nordeste, com 22.534.967 votos, ficando atrás justamente da região sudeste, com exatos 22.793.826 votos.
Após a repercussão da fala, a dirigente fechou seu perfil e, nesta quarta-feira (2), clubes da região se manifestaram. Presidente do Sport, Yuri Romão, escreveu que “maior que a indelicadeza do preconceito, é o Orgulho de ser nordestino”, postou o mandatário. Sampaio Corrêa, CSA e CRB também se manifestaram. No Piauí, até o momento da publicação desta matéria, nenhum dos clubes se manifestou.
O Sampaio Corrêa repudia a declaração xenofóbica da Diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, que agrediu o povo nordestino com insultos depreciativos. O Nordeste merece respeito. Nordestinos com orgulho! pic.twitter.com/O4wKN8ijx1
— Sampaio Corrêa FC (@sampaiocorrea) November 2, 2022
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