Renato Rodrigues
Nos últimos dois anos o Santos tem brincado com o coração de seus torcedores. Na noite desta quarta-feira (2), diante do Atlético-GO, no estádio Antônio Accioly, não foi muito diferente. A vitória veio dos pés daqueles que os mais apressados dizem não estar prontos, mas que, muitas vezes, são jogados para resolver situações que as diretorias santistas nos últimos anos tem mostrado que não querem, ou não conseguem administrar. A quarta-feira, pela 35ª rodada do Brasileirão, mostrou que no Santos, a base salva e o time está livre de qualquer perigo que tenha relação com a Série B.
O fragilizado Alvinegro Praiano, que vinha de duas derrotas consecutivas diante do Corinthians e Flamengo – com sérios erros de arbitragem e vendo uma vaga na pré-Libertadores se distanciando cada vez mais, até abriu o placar em um bolão de Ângelo, que viu Marcos Leonardo atacar o espaço como fazem os melhores centroavantes e abrir o marcador. Logo na sequência, o clube da Vila Belmiro viu Churín e Luiz Fernandio empatarem e virarem o jogo aos 28 e 38 do primeiro tempo respectivamente.
Se nos últimos dois anos a forma de brincar com o coração do torcedor tem se repetido, há outro roteiro na história santista que insiste em se renovar. O primeiro gol, com selo 100% Meninos da Vila se repetiria e mostraria a sua torcida que no Santos, sim, a base salve.
Com um segundo tempo mais lento, o Santos esboçou uma pressão alta e Ângelo conseguiu bloquear a bola, que sobrou nos pés de Lucas Braga para deixar tudo igual. O Dragão esboçou uma reação e levou uma série de perigos ao gol de João Paulo e o Peixe não conseguia reagir, se não fossem os Meninos da Vila. Já nos acréscimos, Marcos Leonardo partiu em disparada e deixou dois marcadores no chão antes de tocar para Lucas Barbosa, tantas vezes contestado, outras tantas mal utilizado por comissões técnicas de pouco apelo tático - preço pago por uma direção que opta pela economia cega, vale ressaltar - , mandar para o fundo do barbante e manter uma esperança acesa no torcedor santista. O gol fez a torcida santista no fosso do Dragão explodir e desta vez, não foram os verdes, nem os rubro-negros que saíram vitoriosos e sim o time de branco e preto.
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