Uma menina ucraniana de 7 anos, que havia se refugiado em Israel para tratar leucemia, morreu no último domingo (15) durante um ataque iraniano à cidade de Bat Yam, ao sul de Tel Aviv. A informação foi confirmada pelo presidente de Israel, Isaac Herzog, em publicação na rede social X.
A criança, identificada como Nastya Borik, faleceu junto com quatro membros de sua família: sua mãe, Mariia, de 30 anos; sua avó, Lena, de 60; e seus dois primos, Ilya, de 13, e Konstantin, de 9 anos.
Segundo Herzog, a família havia chegado a Israel em dezembro de 2022, buscando tratamento médico para Nastya, diagnosticada com leucemia em agosto do mesmo ano. Apesar de uma resposta inicial positiva, a doença retornou. Nem mesmo um transplante de medula óssea conseguiu conter a progressão da leucemia, considerada agressiva.
“Ela veio em busca de vida. Em vez disso, foi assassinada”, lamentou o presidente israelense.
Ao longo do tratamento, Mariia, mãe de Nastya, compartilhava atualizações nas redes sociais, mostrando a luta da filha contra a doença. Em uma publicação feita em abril, ela desabafou: “Desde aquele dia, vivo em uma realidade paralela, onde o objetivo principal é salvá-la. Respirar. Não desistir.”
A última postagem de Mariia foi em 27 de maio. Nela, escreveu: “Eu salvarei minha filha, custe o que custar… Porque ninguém mais lutará como eu. Porque Nastya é minha vida. Ela é tudo o que eu tenho. E enquanto eu respirar, eu grito, eu imploro, eu acredito, eu luto.”
O presidente Herzog informou ainda que o pai de Nastya, Artem Borik, está atualmente servindo no exército ucraniano, lutando na linha de frente contra a invasão russa.
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