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Internacional

China cobra cessar-fogo e alerta para escalada de violência no Oriente Médio

Representante chinês pede diálogo e critica ações que possam ampliar o conflito após bombardeio dos EUA.

Durante reunião do Conselho de Segurança da ONU neste domingo (22), o embaixador da China nas Nações Unidas, Fu Cong, demonstrou preocupação com o agravamento dos conflitos no Oriente Médio e pediu um cessar-fogo imediato por parte de Israel. Em sua fala, o diplomata afirmou que a escalada atual representa uma ameaça à estabilidade global.

“Israel deveria evitar colocar mais combustível no fogo. Um cessar-fogo imediato é essencial para conter o avanço da violência. A China está seriamente preocupada com o risco da situação sair de controle”, declarou.

As falas ocorrem em meio às discussões sobre os recentes ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã, que aumentaram as tensões entre Teerã e Washington. Fu Cong reforçou que a prioridade deve ser a proteção de civis, e que a paz não pode ser alcançada por meio da força. “A paz no Oriente Médio não será conquistada pelas armas. Os caminhos diplomáticos ainda não foram esgotados. É preciso buscar um acordo político com participação de todos os lados”, afirmou o diplomata chinês.

Foto: ReproduçãoFu Cong
Fu Cong

Irã acusa os EUA de sabotar negociações

Em resposta aos ataques, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, acusou os Estados Unidos de sabotar o processo diplomático em andamento e prometeu reação com base no “legítimo direito à autodefesa”. “Estávamos engajados em conversas com os Estados Unidos e com representantes europeus quando as ações militares norte-americanas destruíram tudo”, disse o chanceler, durante coletiva de imprensa realizada em Istambul, na Turquia.

Araghchi destacou ainda que, mesmo diante do cenário atual, o Irã não descarta a diplomacia, mas que o momento exige uma resposta firme. Segundo ele, o ataque comprometeu inclusive tratativas recentes que vinham sendo conduzidas em Genebra, na Suíça. “A porta para o diálogo deve continuar aberta, mas este não é o momento. Nosso país foi atacado e agredido — e temos o direito de responder”, concluiu.

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