Nesta terça-feira (24), a brasileira Juliana Marins, de 27 anos, foi encontrada morta após quase 4 dias presa em um vulcão na Indonésia. A trilha pela qual Juliana passou tem histórico de acidentes e outras mortes.
A última vítima tinha sido um malaio, que morreu em maio deste ano ao cair durante a trilha. O parque abrange o segundo pico mais alto da Indonésia, sendo um dos principais destinos turísticos do Sudeste Asiático.

Acidentes e óbitos
- Maio de 2025: Visitante malaio morre após queda em trilha;
- Julho de 2018: 700 visitantes ficaram isolados no parque após um terremoto de magnitude 6.4 na escala Richter;
- Março de 2012: Sete estudantes morreram durante uma tempestade no local.
Na época em que o visitante malaio morreu, o parque emitiu um comunicado: “Reconhecemos a importância da segurança dos alpinistas e continuamos nos esforçando para fazer melhorias, continuamos priorizando esses esforços com o apoio de diversos partidos que se preocupam com a segurança e sustentabilidade de Rinjani. Que este evento seja um lembrete da importância da preparação e vigilância em todas as atividades ao ar livre”.
Em 2012, sete estudantes morreram em uma tempestade e em 2018, quase 700 visitantes ficaram isolados no parque após um terremoto de magnitude 6.4 na escala Richter.
O espaço abrange uma área montanhosa com altitude que varia de 500 a 3.700 metros acima do nível do mar, de acordo com o site oficial do local.
Diversos viajantes relatam as dificuldades enfrentadas na experiência, em plataformas de viagens como o TripAdvisor. Pois a caminha exige muito esforço físico além de ser muito perigoso. Fortes ventos estão entre os aspectos ressaltados.
De acordo com o site oficial do parque, o espaço foi anteriormente um santuário de vida selvagem designado pelo governo das então Índias Orientais Holandesas, em 1941, anos antes da independência da Indonésia. É um parque nacional desde os anos 1990.
As trilhas
O Monte Rinjani é um dos complexos vulcânicos mais jovens com idade estimada de 6 mil a 12 mil anos. O geoparque tem grande biodiversidade e “paisagem rica e diversificada”, com savanas e florestas variadas, segundo a Unesco.
As trilhas geralmente duram entre dois e cinco dias. As agências costumam indicar o período de abril a dezembro como o ideal para a experiência, com alta temporada em julho.
A India Hikes, agência especializada, descreveu a trilha como uma experiência de “viver muitas aventuras em apenas uma caminhada”. Também chamando-a de “uma das trilhas mais populares e desafiadoras da Indonésia”.
“Ao subir as cristas, você avista um vulcão ativo — a mais rara das raridades. Nuvens de fumaça saem do vulcão à medida que você passa por ele. Esse é o Monte Barujari, o componente ativo do vulcão, situado dentro da cratera do Monte Rinjani, mas afastado da trilha", descreve a agência. “Dito isso, não é uma caminhada fácil. Ela exige muito condicionamento físico e preparação para a subida”, completa.
Ver todos os comentários | 0 |