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Covid-19: Pablo Campos entra com novo pedido de liberdade na Justiça

A defesa alegou que a sentença que o pronunciou para ser julgado pelo Júri teria sido omissa ao não apontar as provas que serviram de fundamento para a definição de crime doloso.

A defesa do empresário Pablo Henrique Campos Santos, acusado de feminicídio contra a enfermeira Vanessa Carvalho e tentativa de feminicídio da então namorada Anuxa Kelly, ingressou com embargos de declaração, na última quarta-feira (22), alegando que a sentença que o pronunciou para ser julgado pelo Tribunal Popular do Júri teria sido omissa ao não apontar as provas que serviram de fundamento para a definição de crime doloso e a manutenção das qualificadoras apontadas.

O advogado também pede que seja retirado o ‘excesso de linguagem’, já que fundamenta a manutenção da prisão preventiva na existência de ações não julgadas e que em nenhuma delas o empresário teria dado causa a prolongação da demanda.

  • Foto: Alef Leão/GP1 Pablo Campos Pablo Campos

Afirma ainda que a sentença é omissa quanto ao fato de Pablo Campos pertencer ao grupo de risco da Pandemia da COVID-19, ao teor da recomendação n°62, do Conselho Nacional de Justiça, e pede para magistrado suprir a omissão concedendo a soltura, “por ser medida de humanidade”.

Entenda o caso

O empresário Pablo Henrique Campos Santos será submetido a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri. A sentença de pronúncia foi dada no dia 16 de abril pelo juiz Antônio Reis de Jesus Nolleto, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri.

Pablo Henrique é acusado de homicídio qualificado por motivo fútil, pela impossibilidade de defesa, contra a mulher por razões da condição de sexo feminino e de tentativa de assassinato com as mesmas qualificadoras.

O motivo fútil foi inserido nas qualificadoras pelo fato do crime ter ocorrido em razão de ciúmes que o empresário nutria por Anuxa Kelly, sendo que momentos antes do fato, teria discutido e proferido xingamentos contra ela, em razão da vítima haver, supostamente, dançado com outra pessoa, na festa de casamento onde se encontravam.

  • Foto: Facebook/Vanessa Carvalho Vanessa Maria Chaves Carvalho Vanessa Maria Chaves Carvalho

Quanto à qualificadora de impossibilidade de defesa da vítima, segundo o juiz, está evidenciado pelas provas constantes nos autos, que Anuxa Kelly e Vanessa Carvalho se dirigiam ao carro de uma amiga, quando foram surpreendidas pelo empresário, que teria acelerado o veículo em que estava na direção das vítimas, as quais foram arremessadas, violentamente, ao chão, ao serem atingidas pelo impacto.

O crime

A enfermeira Vanessa Carvalho morreu e sua amiga, Anuxa Kelly Leite de Alencar, ficou gravemente ferida após as duas serem atropeladas por um Jeep Renegade, na madrugada de 29 de setembro de 2019, por volta de 4h30, na Avenida Homero Castelo Branco, zona leste de Teresina.

O acusado do crime é o empresário Pablo Henrique Campos Santos, namorado de Anuxa, que acabou sendo preso horas depois, em casa. No dia seguinte, o juiz Valdemir Ferreira Santos, converteu em preventiva a prisão em flagrante do empresário durante audiência de custódia realizada no Fórum Cível e Criminal de Teresina. Atualmente, ele está preso na Cadeia Pública de Altos, onde aguarda o andamento do processo.

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