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Teresina - Piauí

Dom Jacinto lamenta vandalismo na tragédia do Parque Rodoviário

"Lamentamos e exortamos aos outros que criem nos filhos, nos jovens e nos adultos a mentalidade de respeito mediante à dor alheia", disse o arcebispo.

Apesar do sentimento de solidariedade e de assistência prestada às vítimas da tragédia no Parque Rodoviário, ocorrida na noite de quinta-feira (04), moradores denunciam que além da lama, que devastou as casas, perderam vários objetos que foram furtados em meio à situação desoladora.

O arcebispo de Teresina, Dom Jacinto, falou sobre a situação e lamentou que isso ocorra diante da tragédia. “Não dá pra pensar como que alguém pode, num momento desse, se apropriar dos bem de quem está tão pobre. Elas podem espoliar os pobres e os flagelados, mas nunca vão melhorar suas vidas, pois com uma aquisição injusta é impossível construir algo valioso. Lamentamos e exortamos aos outros que criem nos filhos, nos jovens e nos adultos, essa mentalidade de respeito mediante à dor alheia. É uma questão de respeito", afirmou.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Dom JacintoDom Jacinto

Na oportunidade, o arcebispo reiterou sobre a importância das doações neste momento. “Bem perto do lugar da tragédia, questão de 15 metros, nós temos a igreja Nossa Senhora Auxiliadora. Ela está aberta desde ontem à noite. Como estou vendo aqui, é um cenário de destruição. Não precisam só de roupa e comida. São doações de toda natureza, de utensílios domésticos, coisas de casa. Tudo é bem-vindo e essa solidariedade é um sinal de Deus”.

A tragédia

Um bueiro rompeu e arrastou várias casas e matou duas pessoas na noite desta quinta-feira (04), por volta de 20h, no Parque Rodoviário, na zona sul de Teresina. Alguns veículos também foram arrastados e muitas pessoas estão desabrigadas.

Um morador explicou que por volta de 20h ouviu um barulho forte e quando saiu de casa percebeu que um muro de contenção de uma lagoa que fica no Clube da Telemar havia se rompido. A água desceu com bastante força e destruiu tudo que havia pela frente. "A gente estava aqui e ouviu um barulho bem forte. A gente correu, viu os carros levando as casas, desespero, as casas caindo, todo mundo gritando e todos já sabiam que a barragem tinha rompido. Os moradores saíram tirando as pessoas das casas, arrebentando os portões, foi um desespero", relatou o morador que não quis ser identificado.

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