Fechar
GP1

Ananindeua - Pará

Entenda como ocorreu ataque a escola estadual em Suzano

Os dois jovens atiradores que invadiram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, tinham sido alunos da instituição e isso pode ter facilitado a entrada deles no local pelo portão da frente.

Arquivo Pessoal 1 / 5 Garrafas que aparentam ser coquetéis molotov deixadas dentro da escola em que o massacre ocorreu Garrafas que aparentam ser coquetéis molotov deixadas dentro da escola em que o massacre ocorreu
Arquivo Pessoal 2 / 5 Arco e flecha encontrado na escola em que o massacre ocorreu Arco e flecha encontrado na escola em que o massacre ocorreu
Arquivo Pessoal 3 / 5 Mala deixada dentro da escola onde o massacre ocorreu, em Suzano Mala deixada dentro da escola onde o massacre ocorreu, em Suzano
Arquivo Pessoal 4 / 5 Foto mostra corpo de um dos autores do massacre na escola Raul Brasil Foto mostra corpo de um dos autores do massacre na escola Raul Brasil
GP1 5 / 5 Luiz Henrique e Guilherme Taucci Luiz Henrique e Guilherme Taucci

A polícia confirmou a identidade dos dois atiradores que abriram fogo nesta quarta-feira, 13, em uma escola estadual em Suzano, matando 8 pessoas. Um deles é Luiz Henrique de Castro, que faria 26 anos neste sábado, 16, e o outro é Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos. Depois dos disparos, os dois se mataram. Ambos eram ex-alunos da instituição de ensino.

Os dois jovens atiradores que invadiram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, tinham sido alunos da instituição e isso pode ter facilitado a entrada deles no local pelo portão da frente, que estava aberto. Eles entraram na escola na hora do intervalo. De acordo com informações da Secretaria da Segurança, um dos criminosos, o adolescente de 17 anos, estudou na escola até o ano passado e foi recebido pela coordenadora Marilena Ferreira Vieira Camargo. Segundo a polícia, ela teria sido a primeira vítima da dupla.

A princípio, eles não usavam máscaras, mas depois do primeiro ataque cobriram os rostos, um deles com máscara de caveira, e passaram a realizar os outros disparos que vitimaram mais cinco alunos e uma funcionária. A Polícia Civil realiza nesta tarde uma reprodução simulada do ataque para delinear a ordem dos fatos.

Tudo teve início antes de os criminosos chegarem à escola. Eles, segundo a polícia, assaltaram uma locadora e fugiram com um carro modelo Onyx de cor branca. No local, foi alvejado e morreu o proprietário, Jorge Antônio Morais. Funcionários acionaram a polícia, que passou a buscar o veículo até chegar à escola. Mas o ataque já estava em andamento.

Segundo a secretaria, um sargento e dois cabos da Força Tática, uma espécie de tropa de choque do batalhão local, entraram na escola quando a dupla tentava invadir uma sala de aula que estava trancada com dezenas de alunos em seu interior. Os policiais estavam com escudos e os jovens se afastaram. Depois, o sargento relatou ter ouvido dois disparos e ter encontrado os corpos no interior da escola. A polícia não sabe se um criminoso atirou no outro e depois se matou, ou cada um cometeu suicídio.

“Hoje é um dos dias mais tristes da minha vida. O fato entristece Suzano, os paulistas e os brasileiros”, disse o general João Camilo Pires de Campos, secretário da segurança de São Paulo. Campos disse ter “depreendido que o acesso à escola ocorreu porque a coordenadora (Marilena) o reconheceu”. “Ela foi a primeira vítima”, disse o secretário.

O comandante da Polícia Militar, coronel Marcelo Salles, lembrou que esse foi o quinto caso na história recente do País nesses moldes. Três deles ocorreram em São Paulo: o ataque no cinema no shopping no Morumbi, o ataque na Catedral de Campinas e esse agora. Além deles, há também o incêndio causado no interior de Minas Gerais, que matou crianças e uma professora, e o caso de Realengo, no Rio.

“Os casos obedecem a uma mesma lógica: causar dano a um maior número de pessoas de forma aleatória para aumentar a repercussão”, disse o coronel, explicando que um revólver calibre 38, com um mecanismo para facilitar a recarga de munições, além de uma besta, um arco e flecha e um machadinho foram localizados com os suspeitos. Eles carregavam ainda um simulacro de bomba.

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Secretário de Segurança divulga nomes de vítimas do massacre em Suzano

Polícia confirma que assassinos eram ex-alunos de escola em Suzano

Assassino fez selfie com arma antes do massacre em escola de Suzano

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.