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Justiça nega liberdade a contador preso na 'Operação Argentum'

A juíza Vládia Maria de Pontes Amorim, da 3ª Vara Federal da Seção Judiciária do Piauí, decidiu, em 23 de novembro, indeferir o pedido de revogação da prisão preventiva.

A Justiça Federal negou pedido de liberdade provisória a Webston de Carvalho Lima, preso preventivamente pela Polícia Federal na denominada ‘Operação Argentum’, acusado dos crimes de apropriação/desvio em proveito particular de verbas públicas federais vinculadas ao FUNDEF, no montante de R$ 2.730.000,00; fraudes em processos licitatórios; lavagem de dinheiro, além da formação de organização criminosa, todos em apuração através de inquérito policial.

A juíza Vládia Maria de Pontes Amorim, da 3ª Vara Federal da Seção Judiciária do Piauí, decidiu, em 23 de novembro, indeferir o pedido de revogação da prisão preventiva, “diante de indícios fortes de sua participação atuante e decisiva no esquema criminoso”.

“Desta feita, as circunstâncias conduzem à conclusão de que, nesta fase, se posto em liberdade, o requerente poderá atentar contra a ordem pública, pela reiteração da prática delitiva, sendo ainda necessária a manutenção de sua prisão preventiva para a garantia da instrução criminal, mormente se considerarmos os fortes indícios de envolvimento do requerente nos delitos objeto de investigação e que ainda não concluído o inquérito policial, tudo nos exatos termos do art. 312 do CP”, ressalta a magistrada na decisão.

Como funcionava o esquema

  • Foto: Facebook/Mirly MachadoEx-prefeito Parambu e a esposa   Ex-prefeito Parambu e a esposa

O ex-prefeito de Prata do Piauí, Antônio Parambu, após ter sido derrotado nas eleições municipais de 2016, empenhou-se em obter o desbloqueio das contas municipais (que se encontravam bloqueadas por decisão cautelar do TCE/PI), vislumbrando o recebimento dos recursos do Fundef que seriam pagos via precatório, para que, uma vez recebidos esses recursos no valor de R$ 2.849.823,75 há poucos dias do fim de seu mandato, pudesse distribuí-los a determinadas empresas (algumas delas de ‘fachada’ ou ligadas ao contador da prefeitura, Webston de Carvalho Lima, mediante a simulação de certames licitatórios e a execução de serviços não correspondentes aos valores contratados e pagos (sendo alguns desses objetos contrários à finalidade do Fundef), bem como pudesse realizar transferências para outras contas a fim de dificultar a identificação do real destinatário das movimentações.

Antônio Parambu e a esposa, juntamente ao ex-membro da Comissão de Licitação, Romário Lopes dos Reis e mais sete empresários, dentre eles, Webston de Carvalho Lima e o filho Antônio Marcolino Ferreira Neto (sócios na Empresa Contabilidade Pública de Municípios Ltda.) foram presos na operação.

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