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Teresina - Piauí

Moradores do Residencial Torquato Neto sofrem com alagamentos

O superintendente de desenvolvimento urbano sul que a galeria será construída ainda no início de 2019, após ocorrer o processo licitatório.

Lucas Dias/GP1 1 / 7 Acesso a residência no Residencial Torquato Neto Acesso a residência no Residencial Torquato Neto
Lucas Dias/GP1 2 / 7 Local de difícil acesso no Torquato Neto Local de difícil acesso no Torquato Neto
Lucas Dias/GP1 3 / 7 Água da chuva levou calçamento da rua Água da chuva levou calçamento da rua
Lucas Dias/GP1 4 / 7 Local de difícil acesso no Torquato Neto Local de difícil acesso no Torquato Neto
Lucas Dias/GP1 5 / 7 Rua destruída pela chuva no Residencial Torquato Neto Rua destruída pela chuva no Residencial Torquato Neto
Lucas Dias/GP1 6 / 7 Situação no Residencial Torquato Neto Situação no Residencial Torquato Neto
Lucas Dias/GP1 7 / 7 Rua no Residencial Torquato Neto IV Rua no Residencial Torquato Neto IV

Os moradores do Portal da Alegria e dos Residenciais Torquato Neto I, II, III e IV, localizados na zona sul de Teresina, estão sofrendo com os alagamentos recorrentes na região devido ao início do período chuvoso no Estado. O agravante do problema foi a morte de Carla Daniela Morais Rodrigues, de 32 anos. A mulher foi encontrada morta após ter sido arrastada pela correnteza na noite de ontem.

Ismael Júnior reside no Residencial Torquato Neto IV, lugar onde a situação está mais crítica. Ele relatou que o problema não é de agora e que isso não deveria acontecer, já que as habitações deveriam ter sido planejadas. “Você acorda de madrugada com fezes dentro da sua casa. E detalhe: as tomadas das casas estão há 50 cm de altura, sendo que a água chegou até 85 cm dentro da casa. Então se a pessoa não morre afogada, morre eletrocutada. No Torquato Neto, as casas não foram sorteadas, foram financiadas e as prestações não são baratas. Então é um conjunto planejado que não era para ser construído aqui. Não foi feito planejamento, só fizeram as casas, a prefeitura fechou os olhos e a Caixa, que é quem financia, também não fiscalizou”, reclamou.

Ele também revelou que a água chega a alcançar dois metros de altura. A situação se torna ainda mais preocupante devido ao difícil acesso dos moradores às próprias casas. “Ontem à noite nós tivemos o episódio de uma moça que desapareceu aqui na água da chuva. Mas também, a água aqui fica em torno de 2 metros de altura. As ruas viram um rio e as casas têm umas paredes que a gente faz para a água não adentrar. Se a água não entrar por cima da parede, ela entra pela tubulação do banheiro porque aqui o projeto de saneamento é mal feito. Então o projeto entope e a água volta pelos banheiros das casas”, completou.

O GP1 encontrou o superintendente de Desenvolvimento Urbano da zona sul (SDU/Sul), Paulo Roberto, realizando uma vistoria para analisar a situação. Ele alegou que as obras de contenção mais urgentes serão feitas e que os moradores mais prejudicados deverão receber auxílio da Prefeitura, já que em algumas residências os populares estão tendo dificuldades em entrar nas suas casas. Em relação a galeria, o gestor informou que a construção deve iniciar no próximo ano, após ocorrer o processo licitatório.

“Nós estamos há dois anos lutando por recursos para essa galeria. Nós tivemos várias reuniões com o secretário do Ministério das Cidades, técnicos de Brasília que já vieram a Teresina verificar esse problema que surgiu depois desses inúmeros empreendimentos que o Minha Casa Minha Vida fez nessa região. Então, quando se somou tudo isso, gerou esse problema de drenagem gravíssimo que a Prefeitura vem correndo atrás há dois anos por esses recursos e, finalmente, conseguimos. Temos R$ 64 milhões que já estão sendo licitados. Acredito que a obra deve começar dentro de 3 meses, depois do período chuvoso. Mas tão logo ocorra a licitação, creio que nós já tenhamos a possibilidade de executar algum dispositivo de drenagem que amenize a bacia”, finalizou.

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