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PSOL vai denunciar desembargadora Marília Castro Neves ao CNJ

Marilia Castro, do TJ-RJ, afirmou em uma rede social que Marielle Franco estava ‘engajada com bandidos’.

Em nota divulgada neste sábado (17), o PSOL afirmou que vai entrar com uma representação contra a desembargadora Marília Castro Neves, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela atua no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) e afirmou em uma rede social que a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada na última quarta-feira (14), estava “engajada com bandidos”.

Em resposta ao advogado Paulo Nader, que chamou Marielle de “lutadora dos direitos humanos”, a desembargadora disse no Facebook que há indícios de ligação da vereadora com o Comando Vermelho. Ela repetiu ainda algumas notícias falsas que estão circulando na internet, difamando Marielle.

  • Foto: Renan Olaz - Mário Vasconcellos/CMRJ/DivulgaçãoDesembargadora Marilia Castro e vereadora Marielle FrancoDesembargadora Marilia Castro e vereadora Marielle Franco

“A questão é que a tal Marielle não era apenas uma ‘lutadora’; ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu ‘compromissos’ assumidos com seus apoiadores”, escreveu a magistrada. Ela disse ainda que a morte da vereadora foi consequência de cobrança de “dívidas”. “Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro”, finalizou.

A ação do PSOL contra a desembargadora deve ser protocolada nesta segunda-feira (19). “De forma absolutamente irresponsável, a desembargadora entrou na ‘narrativa’ que vem sido feita nas redes sociais para desconstruir a imagem de Marielle, do PSOL e da luta pelos direitos humanos”, diz a nota.

Marielle Franco, de 38 anos, foi executada com quatro tiros na cabeça na noite dessa quarta-feira (14), na Rua Joaquim, Palhares, no bairro do Estácio, centro do Rio. O crime aconteceu por volta das 21h30, quando a vereadora voltava do evento político “Jovens Negras Movendo as Estruturas”. O motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado com três tiros e morreu. O assassinato da vereadora teve repercussão internacional.

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