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Política

Temer será investigado por corrupção e obstrução da Lava Jato

Nessa quinta-feira, o ministro Edson Fachin autorizou abertura de inquérito para investigar Temer.

O presidente da República, Michel Temer (PMDB), será investigado pelos crimes de corrupção passiva e obstrução à investigação de organização criminosa. A Procuradoria-Geral da República pediu abertura de inquérito contra Temer, senador Aécio Neves e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), sob a alegação de haver indícios de constituição e participação em organização criminosa, por parte das autoridades, porém, não especificou se todos os três serão investigados por isso neste inquérito específico.

Grande parte dos crimes descritos no inquérito é de corrupção ativa, neste caso, atribuído apenas a Joesley Batista, pelo pagamento de R$ 2 milhões, acertado para Aécio Neves a pessoas de confiança do senador.

No dia 2 maio, a autorização de investigação contra Temer já havia sido despachada, porém, somente nessa quinta-feira (18), a abertura de inquérito foi notificada depois que a Polícia Federal realizou busca e apreensão em diversos locais para trazer mais elementos à investigação contra Temer, Aécio e Rocha Loures.

  • Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoMichel TemerMichel Temer

De acordo com o Estadão, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) destacou entre os fatos que podem configurar crimes descritos pela PGR a conversa entre Joesley Batista e Michel Temer. Um dos trechos é onde Joesley e Temer falam sobre Eduardo Cunha.

“Joesley afirma que tem procurado manter boa relação com o ex-deputado, mesmo após sua prisão. Temer confirma a necessidade dessa boa relação:’ tem que manter isso, viu’. Joesley fala de propina paga ‘todo mês também’ ao Eduardo Cunha, acerca da qual, há a anuência do presidente”, disse Janot no pedido de abertura em trecho citado por Fachin. O ministro também destacou trechos sobre Temer, indicando o deputado Rodrigo Rocha Loures “como pessoa de sua extrema confiança para tratar dos temas de interesse do Joesley”, nas palavras da PGR. Janot também narrou trechos de diálogos de Rocha Loures com Joesley.

Fachin também afirmou que a gravação de quatro conversas, feita por Joesley, e entregues ao Supremo, como parte do acordo de delação premiada, é válida. Um áudio foi com Temer, outro com Aécio Neves e dois com Rocha Loures.

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