Renato Rodrigues
A estreia de Fernando Diniz no comando da Seleção Brasileira foi com o pé direito. A goleada por 5 a 1 diante da Bolívia empolgou a torcida, que espera ver um futebol mais oxigenado depois da mudança de rota que a saída de Tite ocasionou.
E a empolgação foi tamanha, que o futebol apresentado no Estádio do Mangueirão, em Belém, fez alguns mais exaltados já deixarem a ideia de ter Carlo Ancelotti comandando a Canarinho. O treinador que está sob contrato com o Real Madrid até junho de 2024 tem “um acordo verbal” para comandar a seleção. Este, pelo menos, é o desejo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Após a partida, Diniz concedeu entrevista e exaltou o desempenho do grupo, que circulou em todo o campo e de maneira coletiva buscou o gol de maneiras diversas.
“Em relação ao jogo, tivemos muitas chances de gol criadas. Não tínhamos cedido nenhum chute para a Bolívia até o gol deles. Foi uma atuação particularmente que me agradou muito e estou satisfeito”, disse Diniz.
Com o resultado em mãos e uma ótima atuação de Neymar, que marcou duas vezes e foi um dos regentes do confronto ao lado de Rodrygo e Raphinha, Diniz aproveitou para dar uma resposta entrelinhas a Jorge Jesus, que não relacionou Neymar no confronto entre Al-Hilal e Al-Ettihad e criticou a Ida de “um jogador lesionado na Seleção”. Como foi possível verificar em campo, Neymar está bem, apesar de um ritmo atrás, devido ao tempo de recuperação da cirurgia e das lesões na coxa.
“O time precisa estar com esse espírito (de diversão). Tinha gente que não sabia o que ele (Neymar) veio fazer aqui, ele veio fazer isso aí. Fazer gols, quebrar recordes, mostrar que está superafim de viver isso. Ele é um ídolo muito gigante. As pessoas têm que reconhecer e aceitar. Ele não faz nada parar ter essa adoração do público, é natural pelo talento que ele tem, pela simpatia e empatia que ele desperta nos torcedores. Foi um começo de um futuro brilhante que ele vai ter aqui na Seleção e onde ele estiver”, afirmou o treinador.
Diniz também falou sobre um princípio de sua concepção de futebol: a posse de bola. Agora, a pretensão é “fazer isso daqui para frente”. Além de ter a bola para si, Diniz elogiou o fato de o time “ser bastante agressivo, criativo e criar chances de gol”.
A Seleção Brasileira volta a campo na próxima terça-feira (12), quando enfrenta o Peru, em Lima, às 23h. Este será mais um teste de Diniz e seus comandados.
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