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Teresina - Piauí

Constantino Júnior critica decisão do Supremo sobre greve

“Nós lamentamos a posição do STF, a gente reputa como extremamente preconceituosa onde uma corte está tirando o direito dos trabalhadores de se organizarem”, criticou.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram por 7 votos a 3, nesta quarta-feira (05), que o direito de greve de servidores públicos de órgãos de segurança é inconstitucional e que qualquer forma de paralisação nas carreiras policiais será proibida.

O GP1 conversou com o presidente do Sindicato dos Policiais Civil do Piauí (SINPOLPI), Constantino Júnior, sobre a decisão: “Nós lamentamos a posição do STF, a gente reputa como extremamente preconceituosa onde uma corte está tirando o direito dos trabalhadores de se organizarem”, criticou.

Segundo o Constantino tudo que a categoria conseguiu até agora foi por causa dos movimentos: “No caso nosso da Polícia Civil todas as conquistas que nós tivemos ao longo da nossa historia foi em razão dos movimentos paredistas, nada veio de graça, os governos sempre nos trataram de forma bastante discriminatória, em razão disso sempre vivenciamos embate com os governos. Eu comandei 18 greves nesse Estado e todas elas foram decretadas ilegais, mas mesmo assim a categoria abraçou a causa, continuou no movimento e obrigamos o Estado a sentar conosco e discutir aquela pauta de reivindicações que colocamos como bandeira de luta”, lembrou.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Constantino Junior Constantino Junior

“Nós lamentamos muito uma Corte que proíbe todo sistema de segurança pública de lutar pela sua valorização porque a gente não tem aumentos automáticos como, por exemplo, o magistrado, o ministro do Supremo Tribunal Federal ele diz quanto quer ganhar, ele manda a proposta de aumento, como tem agora o PLC 27 de 2017 que está tramitando no Senado estabelecendo o salário do ministro do STF e isso se aplica automaticamente ao judiciário de modo geral, e nós precisamos estar sempre mobilizados com a nossa categoria indo para o embate com os governos e uma decisão como essa prejudica muito a organização dos trabalhadores”, declarou.

Constantino também um projeto de lei que regulamento o direito de greve: “Nós temos hoje, no Congresso Nacional, um projeto de lei que regulamenta o direito de greve e cabe a nós trabalhadores centrarmos as nossas forças em cima desse projeto para que a gente possa garantir o direito de manifestar e em ultimo caso, se for necessário, a gente poder fazer a greve porque não é uma canetada de um magistrado que vai resolver os problemas que nós temos hoje na segurança pública, que são muitos, dentre eles a questão salarial”, afirmou.

“A gente lamenta muita essa decisão porque nós somos trabalhadores como os demais trabalhadores e nunca tivemos reconhecimento por parte de governo nenhum, então isso vai trazer problemas do ponto de vista da nossa organização”, finalizou.

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