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Teresina - Piauí

Médico Luiz Ayrton defende hidroxicloroquina e diz que uso ocorre há 50 anos

"Vemos hoje uma censura de imprensa, de mídias sociais e de médicos políticos mas que no seu íntimo a usam", criticou o médico.

O médico mastologista e diretor do Instituto de Mama do Piauí, Luiz Ayrton Santos Júnior, fez um desabafo nas redes sociais, nessa terça-feira (19), ao defender o uso da hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19. Ele disse que muitas pessoas estão usando a pandemia para fazer política e alertou que essa “disputa inglória” vai provocar a morte de muita gente.

Luiz Ayrton ainda falou sobre o comportamento dos “médicos políticos” que censuram a utilização da medicação, mas que ao final, acabam utilizando quando necessitam.

Ainda na postagem, Luiz Ayrton lembrou que a hidroxicloroquina é amplamente ministrada há 50 anos no Brasil e que, nem por isso, os profissionais se apressaram a expor os efeitos colaterais que a ela poderia causar e muito menos exigiam assinatura de Termo de Consentimento para utilização.

“Hidroxicloroquina. Vejo muitas pessoas que são a favor da hidroxicloroquina porque não encontram coisa melhor. Vejo que os que são contra São apenas contra e por que então não apresentam uma alternativa melhor? Há 50 anos a droga é amplamente usada no Brasil e nunca um médico explicou os riscos cardíacos para os pacientes e nem pediu Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para ser assinado. Serão punidos agora? A própria droga pode atingir a retina e ninguém fala. No tratamento proposto pelo CoronaPiauí (Protocolo Marina Barjud) a dosagem é bem menor e por poucos dias. O protocolo sugere a hidroxicloroquina e não a cloroquina que tem um radical - OH que a deixa menos agressiva”, disse o mastologista.

“Acreditar em jornais médicos internacionais lembro que o JAMA também mostrou trabalhos incorretos na gripe espanhola. Em tempos de pandemia a ética, a política e a ciência ganham certos olhares. Vemos hoje uma censura de imprensa, de mídias sociais e de médicos políticos mas que no seu íntimo a usam. Acho que a melhor opção que temos agora é sermos transparentes e mantermos a mente aberta. Eu quero o direito de tomar e o direito de prescrever e o governo dispor da droga para os meus pacientes se eles quiserem tomar, s.m.j. Muitos morrerão por causa dessa disputa inglória. Só Deus nos julgará”, concluiu Luiz Ayrton.

Protocolo

A médica piauiense, que reside na Espanha, Marina Bucar, está coordenando um protocolo de uso da hidroxicloroquina no Hospital Tibério Nunes, em Floriano, em pacientes com Covid-19 ainda no início da doença. O método tem criado polêmica e vem dividindo opiniões entre os que aprovam e os que são contrários, inclusive entre os próprios médicos.

Tratamento liberado pelo Ministério da Saúde

Nesta quarta-feira (20) o Ministério da Saúde divulgou o protocolo que libera o Sistema Único de Saúde (SUS) a utilizar o uso de cloroquina para o tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus. Com esse protocolo, o medicamento, que antes era administrado apenas em casos graves, agora pode ser utilizado em casos mais leves da doença.

O Ministério da Saúde informou que é necessário que o paciente autorize o uso da medicação, com a assinatura de um termo de consentimento. O protocolo destacou ainda que o paciente deve ser informado sobre os efeitos colaterais da cloroquina, relacionados a disfunção grave de órgãos, ao prolongamento da internação, à incapacidade temporária ou permanente, e até ao óbito.

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