Sinepe-PI diz que 36,4% das escolas privadas não tiveram casos de covid-19

O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado do Piauí (Sinepe-PI) se manifestou contra a solicitação do Sindicato dos Professores e Auxiliares da Administração Escolar do Estado do Piauí (Sinpro-PI), que pediu a suspensão de aulas durante 15 dias devido ao aumento de infecções pelo novo coronavírus (covid-19) no ambiente escolar. Segundo os dados do sindicato, 63,6% registraram pelo menos um caso e 36,4% não.

Em nota publicada na quarta-feira (10), o Sinepe posicionou-se contra o fechamento das escolas da rede privada, mesmo com o último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado do Piauí (Sesapi), seis hospitais de Teresina têm 100% de ocupação dos leitos de UTI.

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Confira aqui a nota

De acordo com sindicato patronal, todos os protocolos de distanciamento social são aplicados. “Sob a coordenação do SINEPE/PI várias ações foram implementadas em parceria com os pais e responsáveis dos alunos, diretores, professores e funcionários, no sentido de intensificação desses cuidados e da adoção de providências, diante de quaisquer casos detectados no ambiente escolar”, diz a nota.

Ainda segundo a nota, em 33 escolas filiadas à entidade a maioria dos casos registrados da doença, a infecção não aconteceu em ambiente escolar. A nota pública é uma resposta ao Oficio enviado pelo Sindicato dos Professores e Auxiliares da Administração Escolar do Estado do Piauí (Sinpro), que pede suspensão das aulas por 15 dias.

O GP1 conversou com o Secretário Geral do sindicato, Marcelo Amorim, sobre a reação do Sinepe e o posicionamento da categoria. Para o dirigente sindical o posicionamento adotado pelas escolas particulares é “um desserviço à sociedade e com essa atitude o Sinepe- PI demonstra desrespeito aos professores”. Segundo Amorim, das 420 escolas que o Conselho Estadual notifica em Teresina, 65 já precisaram fechar por conta de casos de covid-19.

O Ministério Público deve intermediar uma audiência pública com as partes envolvidas e a Vigilância Sanitária para debater sobre a atual situação.

*Com informações do repórter Renato Rodrigues