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Teresina - Piauí

CPI do Transporte: empresários dizem que bancam o sistema de Teresina

Foram ouvidos nesta terça-feira, os empresários Alberlan Euclides Sousa e Herbert Miúra.

Os líderes da CPI do Transporte de Teresina realizaram mais uma rodada de depoimentos nesta terça-feira (15) na Câmara Municipal. Foram ouvidos os empresários Alberlan Euclides Sousa e Herbert Miúra, donos da Piauiense e Emtracol, respectivamente. De acordo com Alberlan, a Prefeitura deixou de repassar este ano, R$ 26 milhões ao sistema.

“O poder público não vai estar dando dinheiro para o empresário, esse dinheiro é para o povo, é para a população, para o usuário de ônibus. A Prefeitura deve, só nesse ano, R$ 26 milhões de reais ao sistema, se ela pagar voltamos a operar, mas não com a frota toda porque esse cálculo foi feito com a demanda baixa de passageiros”, falou o empresário.

Ainda de acordo com Euclides, as empresas têm enfrentado dificuldades com a baixa demanda de passageiros. “O sistema sobrevive da demanda de passageiros e como todos sabem, a demanda está baixíssima. Nunca na minha vida como empresário, passei por uma situação dessa, de dever salário de funcionário, isso é um absurdo”, Alberlan Euclides Sousa.

Apoio

Conforme o proprietário da Piauiense, os empresários são favoráveis a CPI. "Os empresários estão adorando a CPI para esclarecer dúvidas. O pior momento foi a greve com 85 dias. De lá para cá a coisa continua ruim. A pandemia maltrata a todos", lamentou.

Acordos extrajudiciais

Como já havia sido trazido por outros empresários, já forma feios vários acordos judiciais desde a licitação do transporte, que foi realizada no ano de 2015.

"Houve acordos extrajudiciais, eram pagamentos atrasados. Com a gestão passada foi feito acordos para pagar. Existe uma conta criada da Prefeitura para regular o sistema. Infelizmente sempre atrasou. Foi criada pela Prefeitura essa forma de remuneração”, disse ele.

“Quatro acordos com a empresa Piauiense. Cada acordo tinha um valor e era dividido em mensalidades. O quarto foi feito no meio da pandemia e seria de R$ 423.870,51. Mas se encontra pendente. Fomos exigidos de cumprir todas. A única que não foi possível cumprir foi o sistema de áudio nas estações e nos terminais de integração ", detalhou o empresário.

Emtracol

O dono da empresa Emtracol, Herbert Miúra, também foi ouvido na audiência da CPI desta terça-feira. Ele afirmou que as empresas tiveram que fazer grandes investimentos para adequação dos ônibus. “Tivemos que investir alto para participar da licitação. Fizemos investimentos em adequação de ônibus, garagem, manutenção e tudo. As empresas tiveram que se adequar para participar da licitação. Para poder concorrer, tivemos que nos juntar em consórcio para participar”, alegou Herbert.

Precisa de contrapartida da prefeitura

Herbert Campelo garantiu que se não houver uma contrapartida da Prefeitura de Teresina, o sistema não terá como operar. “A prefeitura nunca pagou em dias. Tivemos que entrar na Justiça para a Prefeitura ter que pagar o que deve. Sempre fizemos acordo perdendo e para receber dividido. As empresas bancam o sistema. Pagamos juros altos porque ninguém empresta dinheiro sem juros”, justiçou.

Presidente da CPI

O presidente da CPI do Transporte, vereador Dudu Borges (PT) adiantou que vai pedir dados do poder público e das empresas para saber se as reclamações das empresas realmente procedem. “Estamos pedindo às empresas e para o setor público, que enviem dados para confrontar se os números que estão sendo apresentados aqui pelas empresas, realmente conferem”, afirmou Dudu.

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