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Teresina - Piauí

Operação Primus: prefeito e ex-prefeito são presos pela Polícia Civil

Os três alvos estavam sendo considerados foragidos, desde quando foi deflagrada a operação.

O prefeito de Baixa Grande do Ribeiro, José Luís de Sousa, conhecido como “Dr. Zé Luís”, o ex-prefeito da cidade, Ozires Castro Silva, e o empresário André Ake Boson Castro, sócio-administrador da empresa Construforte LTDA, foram presos durante a Operação Primus, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAECO, do Ministério Público do Piauí, juntamente com a Polícia Civil. O GP1 apurou nesta sexta-feira (15) que os alvos estão presos no 12º Distrito Policial, na zona leste de Teresina, desde a última quarta-feira (13).

Os três alvos estavam sendo considerados foragidos, desde quando foi deflagrada a Operação Primus, que tem como objetivo apurar desvios de recursos públicos, fraude à licitação, corrupção e outros crimes envolvendo um esquema entre empresas de fachada e a Prefeitura Municipal de Baixa Grande do Ribeiro.

Foto: Reprodução/WhatsAppPrefeito Dr. Zé Luís e ex-prefeito Ozires Castro
Prefeito Dr. Zé Luís e ex-prefeito Ozires Castro

Os envolvidos foram alvos de mandados de prisão preventiva expedidos pelo Tribunal de Justiça do Piauí, mas não foram localizados durante as diligências na segunda-feira (11). Durante a operação, foram cumpridos 41 mandados de busca e apreensão e cumpridas medidas cautelares, incluindo o sequestro de R$ 1 milhão e 800 mil em bens dos investigados.

Como funcionava o esquema criminoso

O coordenador do GAECO, o promotor de Justiça, Cláudio Soeiro, revelou à imprensa que a organização criminosa, formada por políticos e seus familiares, servidores e empresários, atuava desde 2013 desviando recursos públicos destinados a obras em diversas áreas no município que não eram realizadas, apesar de serem devidamente pagas por meio de licitações fraudulentas.

“Se tratava de contratações de empresas de fachada, que não tinham capacidade de executar o serviço contratado, não tinham veículos, as sedes eram as residências dos próprios empresários, não tinham nenhum aspecto de empresa para funcionar. E a medida em que eram contratados, recebiam os pagamentos e eles eram distribuídos, ou para os sócios da empresa, ou para grupos políticos que se beneficiavam desses recursos. Havia a informação de que o objeto da contratação foi cumprido pela empresa, mas aquela empresa não cumpria. Essas informações a gente têm por levantamentos feitos em campo pela Polícia Civil e pela Inteligência que demonstraram que, de fato, as empresas não existiam e como pagamento eles encaminhavam recursos públicos para os seus verdadeiros destinatários. A empresa era só um caminho necessário, o dinheiro público só sai dos cofres do município por meio de uma licitação, tem que contratar alguém e essa empresa contratada, o dinheiro cai na conta dela e vai para seus verdadeiros destinatários. Eles desviaram dinheiro assim”, detalhou o promotor.

Operação Primus

O Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou a Operação “Primus” na última segunda-feira (11).

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Piauí e na Bahia, conforme decisão do desembargador Sebastião Ribeiro Martins, da 1ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI). Entre os alvos há políticos e seus familiares, servidores públicos, empresas com atuação no município e seus sócios-proprietários.

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