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Teresina - Piauí

DPCA vai ouvir equipe médica de hospital onde bebê morreu em Teresina

A polícia já ouviu os pais e constatou que não houve abandono do bebê, como o hospital havia informado.

A delegada Lucivânia Vidal, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), disse em entrevista ao GP1 nessa terça-feira (05), que vai ouvir a equipe médica que atendeu o bebê E.A.S.V, de 11 meses, que morreu na noite do último domingo (03) no Hospital Municipal da Criança, no bairro Parque Piauí, zona sul de Teresina.

Segundo a delegada, os familiares já foram ouvidos e a Polícia Civil já constatou que não houve o abandono da criança, como havia sido informado inicialmente pelo hospital. “A partir do momento que recebemos a informação, a gente começou a ouvir principalmente os familiares. Uma coisa que me chamou atenção foi o hospital ter falado que a família abandonou a criança. O que a gente já constatou é que não houve abandono. A família ficou [no hospital] até os médicos dizerem que a criança tinha ido a óbito e que não tinha mais nada a fazer, que no outro dia eles procurassem o HGV. Na segunda-feira (04) eles procuraram HGV e informaram a eles que o corpo estava no IML”, relatou Lucivânia Vidal.

Foto: Alef Leão/GP1Lucivânia Vidal
Lucivânia Vidal

A titular da DPCA afirmou que a equipe médica será ouvida para saber se o atendimento no hospital pode ter contribuído para a morte do bebê. “A polícia agora trabalhando em cima da causa mortis. O que levou à morte da criança. Então a gente tem um leque de investigação. Nossa linha de investigação é grande. Pode ter sido um homicídio doloso, homicídio culposo ou uma morte por engasgo. A gente não está retirando nenhuma causa. Não estamos aqui procurando um culpado. A partir do momento que a gente encontra a causa mortis, a gente vai saber como proceder com a investigação, por isso a equipe médica vai ser ouvida. A gente vai colhendo provas. Estou esperando também o laudo pericial, porque isso vai me trazer muitas respostas que eu preciso. Não posso fazer indagações vazias para as outras testemunhas”, pontuou Lucivânia Vidal.

Bebê chegou ao hospital ainda com vida

A titular do DPCA também revelou que o bebê chegou no hospital ainda com vida e somente após uma tentativa de reanimação foi declarado o óbito. “Pelo que a polícia já tem a criança chegou desmaiada, é tão tal que tentaram reanimá-la. Agora a gravidade desse desmaio, o motivo desse desmaio vamos saber com a investigação. Está tudo muito recente é uma investigação que tem que agir com cautela, pois a morte já ocorreu e teremos cautela para apurar as responsabilidades e ver como essa morte aconteceu”, ressaltou a delegada Lucivânia Vidal.

Corpo do bebê não apresenta sinais visíveis de violência

A delegada Lucivânia Vidal afirmou que o corpo do bebê não apresenta sinais visíveis de violência, mas que uma perícia complexa está sendo realizada para descartar qualquer hipótese.

“Está sendo realizada uma perícia bem complexa para fazer as perguntas da investigação. Há varias suspeitas, uma queda, um engasgo, uma terceira pessoa ter provocado a morte da criança. O que o corpo fala de imediato, sem uma perícia detalhada, é que a criança não aparentou uma agressão física, mas isso não está descartado. No nosso leque de investigação existe os maus tratos, a agressão física, mas a olho nu o corpo não trouxe isso”, explicou a delegada.

Não houve negligência por parte da família

Lucivânia Vidal voltou a descartar a hipótese de o bebê ter sido abandonado e disse que não houve negligência por parte da família. “Pelo que a gente viu a criança não estava só, estava com outras crianças e estava com a mãe, que tem 16 anos. Na casa onde eles vivem está também a avó, então existia aquele aparato sim. Não houve essa parte de negligência da criança estar só. A gente olha para o cuidado com a família quando ela estava em casa e no atendimento medico quando foi para o hospital. Uma coisa é você chegar no hospital, não ter o atendimento correto e a causa mortes ter surgido do hospital. Isso é uma hipótese”, frisou a titular da DPCA.

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