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Teresina - Piauí

Pai de santo acusado de estupro de vulnerável em Teresina segue foragido

O GP1 apurou, nesta quarta (31), que Bruno Santos recebe ajuda de terceiros para se manter escondido.

Após as denúncias contra o sacerdote da religião de matriz africana Umbanda, Pai Bruno de Ogum, acusado de abusar sexualmente de várias crianças e adolescentes em Teresina terem ido à tona, o líder religioso empreendeu fuga e o GP1 apurou, nesta quarta-feira (31), que pessoas próximas ao líder religioso estão ajudando ele a se manter escondido.

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente - DPCA, já instaurou inquérito para apurar as graves acusações e deve empreender diligências no sentido de localizá-lo.

"Ele [Bruno] está recebendo ajuda de pessoas próximas, que estão ajudando ele a se manter escondido da polícia. Além disso, ele mantém contato com algumas pessoas da casa [do templo espiritual o qual era sacerdote]", narrou a fonte, que preferiu não se identificar. A equipe do GP1 apurou também, junto a uma vizinha de Bruno Santos, que houve uma movimentação de pessoas na casa onde ele residia, localizada na Vila São Francisco, zona sul de Teresina, durante a noite na última segunda-feira (29). No local, foi possível observar que há uma janela aberta, bem como luzes acesas.

Foto: Mikaela Ramos/ GP1Casa onde Pai Bruno de Ogum residia
Casa onde Pai Bruno de Ogum residia

Obstrução de justiça

Entende-se como obstrução de justiça qualquer ato ou omissão empreendida de maneira planejada por uma pessoa ou mais, com o intuito de causar dificuldades nas investigações de algum caso em apreço, tanto no âmbito policial como também em fase judicial. A pena para o delito de obstrução de justiça, prevê reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.

Inquérito instaurado

A DPCA, abriu investigação para apurar as acusações contra o líder religioso Bruno Santos. O delegado titular do caso, Danilo Barroso, contou que um grupo de pessoas foi até à delegacia, na última quinta-feira (25), para formalizar a denúncia contra o pai de santo.

"Foram testemunhas denunciantes que vieram relatar os fatos. Foi registrado um Boletim de Ocorrência e estamos, primeiro, apurando e fazendo o levantamento de testemunhas e vítimas, que serão ouvidas nos próximos dias", relatou ele, que acrescentou, inclusive, que as intimações já foram expedidas.

O delegado titular do caso afirmou ainda que, com o inquérito aberto, os próximos andamentos da investigação irão elucidar o que é verídico ou não e que será dado a devida resposta para a sociedade sobre as denúncias. "Iremos apurar a veracidade do caso. As investigações já foram iniciadas e vamos dar a resposta", afirmou Danilo Barroso.

Entenda o caso

Pai Bruno de Ogum foi acusado de estuprar várias crianças e adolescentes em Teresina. No último sábado (27), os seguidores do sacerdote publicaram notas de repúdio condenando os crimes.

Foto: Reprodução/InstagramBruno Santos, conhecido como Pai Bruno de Ogum
Bruno Santos, conhecido como Pai Bruno de Ogum

Foi um seguidor do pai de santo que conseguiu desmascarar o religioso. Ele teria criado um perfil falso nas redes sociais e iniciado conversas com ele. Após conquistar a confiança do sacerdote, Bruno Santos admitiu ter estuprado várias crianças.

Nos prints da conversa, que não serão divulgados em respeito às vítimas, o sacerdote confessou ter tirado a virgindade de vários meninos de 13 e 14 anos. Ele admitiu ter abusado do filho de sua própria amiga e chegou até mesmo a mandar foto de uma de suas vítimas na conversa. Há ainda denúncias de abusos contra crianças de 9 a 11 anos de idade.

O seguidor levou os crimes à público e enviou os prints para as pessoas mais próximas de Bruno Santos. Após o caso ter ido à tona, o pai de santo fugiu e ainda não foi localizado.

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