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Teresina - Piauí

“Cadeia é pouco”, diz mãe sobre acusados de torturar e matar filha em Teresina

A mãe da adolescente Maria Camila falou sobre a prisão de envolvidos na morte da filha em abril.

A dona de casa Maria Cleone, mãe da adolescente Maria Camila Ferreira da Silva, concedeu entrevista ao GP1 nesta quinta-feira (04) e falou sobre a prisão de mais três envolvidos na morte da filha, que foi torturada e assassinada durante um “Tribunal do Crime” da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), em abril deste ano.

A mãe declarou que os envolvidos serão rapidamente soltos, enquanto sua filha não pode mais voltar. “Para falar a verdade, cadeia para elas é pouco, porque a cadeia que elas estão depois soltam, mas a minha filha foi para uma cadeia que não tem volta. É pouco para o que elas fizeram com minha filha”, declarou a mãe.

Foto: Reprodução/WhatsAppMaria Camila Ferreira da Silva
Maria Camila Ferreira da Silva

Maria Cleone disse que nunca entendeu o que realmente motivou a morte de Maria Camila e cobrou Justiça. “Eu quero a justiça de Deus e a da terra, elas ainda vão pagar tudo que fizeram com minha filha, ou aqui ou no outro mundo, mas vão pagar, porque a dor que uma mãe sente não é pequena, perder logo uma filha, que nunca matou ou roubou. Como que podem matar alguém assim? Não entendo como isso ocorreu”, finalizou Cleone.

Prisões

O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) deflagrou operação na manhã desta quinta-feira (04) e prendeu duas mulheres e um homem acusados de envolvimento na morte da adolescente Maria Camila Ferreira da Silva. As duas mulheres foram identificadas apenas como “Darly” e “Dany”, já o homem foi identificado como “Doutor”. Todas as prisões foram feitas na região da Vila Palitolândia, zona sul de Teresina.

Em junho, Amanda Thamires de Sousa Costa e Ingrid Thamires da Silva Azevedo, 20 anos, conhecida como “Bibi”, e apontada como sendo uma das líderes do PCC, foram presas no dia 9. Já Maria Vitória de Sousa Costa, 18 anos, foi presa pelo DHPP no dia seguinte, 10. Todas envolvidas na morte da adolescente Maria Camila.

Guerra de facções motivou morte de Maria Camila

O delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, revelou em entrevista à imprensa em junho que uma guerra entre as facções Primeiro Comando da Capital (PCC) e Bonde dos 40 motivou o assassinato da adolescente Maria Camila Ferreira da Silva, 15 anos. Luccy Keiko confirmou a versão da mãe de Maria Camila, de que a adolescente foi traída e levada pelas então amigas para ser executada, após as gêmeas descobrirem que ela possuía uma tatuagem em alusão a facção Bonde dos 40.

“Foi uma guerra de facções, a vítima tinha uma tatuagem escrita B40 e essas duas gêmeas, Maria Vitoria e Amanda, relataram isso para a Bibi, depois fizeram essa sessão de tortura e juntamente com outras pessoas, executaram a vítima”, informou o delegado.

Entenda o caso

Equipes da Polícia Civil do Piauí encontraram o corpo da adolescente Maria Camila Ferreira da Silva, de 15 anos, no dia 27 de abril de 2022. Segundo a mãe da adolescente, Maria Cleone, Camila tinha envolvimento com pessoas ligadas ao crime. Ela saiu de casa no dia 23 de abril e desde então não foi mais vista com vida.

O corpo de Maria Camila foi encontrado em uma área de mata de difícil acesso no Povoado Boquinha, na região da Usina Santana, na zona sudeste de Teresina. O corpo da garota apresentava severas marcas de violência.

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