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Teresina - Piauí

Tribunal do Crime: DHPP prende 7º envolvido na morte de Maria Camila

Maria Camila Ferreira da Silva, de 15 anos, foi torturada e assassinada a tiros em abril de 2022.

O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), prendeu no último domingo (07), mais um envolvido na morte da adolescente Maria Camila Ferreira da Silva, que foi torturada e assassinada em abril deste ano. Levantamento do GP1 aponta que trata-se de Pedro Henrique da Silva Azevedo.

Em entrevista à imprensa, a delegada Nathália Figueiredo, responsável pela investigação, informou que o preso é irmão da líder da facção criminosa que determinou a execução de Maria Camila. A delegada disse que ainda há mais pessoas envolvidas no crime.

Foto: Reprodução/WhatsAppMaria Camila Ferreira da Silva
Maria Camila Ferreira da Silva

“Ele é irmão dela [líder da facção]. Ele, inclusive, já responde alguns processos por tráfico de drogas. Na tarde de domingo foi cumprido mais esse mandado de prisão temporária decorrente da segunda fase da operação CAEF. Agora as investigações vão apontar quem mais estaria ligado a crimes, tanto que foi instaurado novo inquérito para chegarmos ao nome dos demais envolvidos nesse Tribunal do Crime que a Maria Camila foi submetida”, informou a delegada Nathalia Figueiredo.

Foto: Lucas Dias/GP1Delegada Nathália Figueiredo durante entrevista
Delegada Nathália Figueiredo durante entrevista

Participação de Pedro Henrique

Segundo a delegada Natalia Figueiredo, a participação direta de Pedro Henrique será apontada ao final do inquérito policial. “A participação direta a gente vai chegar ao final das investigações. O que de fato temos é um novo inquérito, estamos tendo acesso a outros nomes que participaram desse tribunal e o inquérito está aí para a gente investigar mais a fundo e responsabilizar os envolvidos”, ressaltou a delegada do DHPP.

Participação de mulheres

A delegada Natalia Figueiredo falou também sobre a participação mais ativa de mulheres em facções criminosas. “Infelizmente, a gente vem percebendo que mais mulheres vêm fazendo parte do crime organizado, isso não é realidade no ambiente do Piauí, a gente já vê isso a nível de Brasil e no caso da adolescente, segundo apontam as investigações, a mandante seria uma mulher”, frisou Nathalia Figueiredo.

Motivação

Natalia Figueiredo disse ainda que a Polícia Civil continua na linha de investigação que aponta a motivação da morte de Maria Camila como oriunda de uma briga entre facções criminosas rivais. “O que a gente apurou é que de fato Maria Camila teria sido submetida ao Tribunal do Crime e a motivação seria brigas de facção. Ela apresentava uma tatuagem que remetia a facção rival da região em que ela foi capturada e executada. Então, com as investigações a gente tem visto que a motivação foi realmente briga de facção. A gente ainda está em fase de investigação, outros nomes estão surgindo, inclusive não somente se restringe a essa questão de briga de facção. Podemos também levantar a possibilidade de uma outra motivação, complementar, mas o que a gente apura até esse momento é que realmente foi uma rivalidade”, completou a delegada.

Entenda o caso

Equipes da Polícia Civil do Piauí encontraram o corpo da adolescente Maria Camila Ferreira da Silva, de 15 anos, no dia 27 de abril de 2022. Segundo a mãe da adolescente, Maria Cleone, Camila tinha envolvimento com pessoas ligadas ao crime. Ela saiu de casa no dia 23 de abril e desde então não foi mais vista com vida.

O corpo de Maria Camila foi encontrado em uma área de mata de difícil acesso no Povoado Boquinha, na região da Usina Santana, na zona sudeste de Teresina. O corpo da garota apresentava severas marcas de violência.

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