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Teresina - Piauí

Juíza nega liberdade a acusado de golpe no Mercado Pago em Teresina

Decisão foi dada no dia 19 de dezembro pela juíza Maria do Rosário de Fátima Martins Leite Dias.

A juíza Maria do Rosário de Fátima Martins Leite Dias, da Central de Inquéritos da Comarca de Teresina, negou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Enos Soares da Silva Neto, acusado de integrar o grupo que aplicou golpe de quase R$ 180 mil no Mercado Pago em Teresina. A decisão foi dada no dia 19 de dezembro.

Nos autos, a magistrada argumentou que a decisão de prisão preventiva não possui irregularidade e que as alegações utilizadas pela defesa do acusado não possuem robustez para o que o habeas corpus seja concedido.

Foto: Reprodução/FacebookEnos Soares da Silva Neto, alvo da Operação E-Fraude
Enos Soares da Silva Neto, alvo da Operação E-Fraude

“Não se verifica qualquer irregularidade na decretação da prisão preventiva do paciente, bem como se afasta para o momento a necessidade de reforma do decisum. A alegação destaca que o paciente ostentaria condições pessoais favoráveis à concessão. Entretanto, não só tais circunstâncias pessoais não teriam o condão de, por si, afastar a necessidade do ergástulo, como nem mesmo se comprovou o alegado”, destacou a juíza.

Operação E-Fraude

A Polícia Civil do Piauí deflagrou a operação no último dia 12 de dezembro. A coluna do jornalista Brunno Suênio obteve acesso, com exclusividade, os nomes dos quatro alvos das diligências. Os presos são o casal de professores Ingrid Ravelly da Silva Machado (que leciona no Colégio das Irmãs e Madre Savina e foi solta já pela Justiça) e Lynik de Pádua Monteiro Machado (que leciona no Instituto São José e Madre Savina), o empresário Ruan Ribeiro Feitosa Cipriano Borges, dono da Forneria da Pizza, e Enos Soares da Silva Neto, que é irmão de Ingrid.

O golpe teve início em abril deste ano e que o grupo tentou obter cerca de R$ 500 mil com a fraude, conseguindo apenas o valor de R$ 175 mil.

As investigações tiveram início em meados de novembro deste ano, quando a instituição financeira procurou a Polícia Civil, alertando sobre movimentações supostamente fraudulentas, que estavam concentradas em um núcleo envolvendo quatro pessoas: o professor Lynik de Pádua (proprietário do cartão de crédito), o empresário Ruan Ribeiro (possuidor da maquineta, utilizada para obter os valores oriundos das transações no Mercado Pago), a esposa do professor, Ingrid Ravelly, e Enos Soares, que recebiam os valores em suas contas bancárias, por meio de transferências eletrônicas.

Conforme as investigações, Enos Soares, Lynik de Pádua, Ingrid Ravelly e Ruan Ribeiro, de forma associada, obtiveram vantagem ilícita, causando prejuízo à vítima Mercado Pago (componente do Grupo Mercado Livre), a qual foi levada a erro, por meio ardil e obteve prejuízo final de R$ 175.802,60 (cento e setenta e cinco mil, oitocentos e dois reais e sessenta centavos).

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, determinados pelo Poder Judiciário, os policiais apreenderam 04 veículos, além de aparelhos eletrônicos que poderão ser utilizados em futuro sequestro de bens, para fins de compensação do prejuízo causado ao Mercado Pago.

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