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Teresina - Piauí

Falta de medicamentos e estrutura precária comprometem atendimento no HUT

O GP1 tem recebido uma série de denúncias sobre a precariedade em hospitais da rede municipal.

O GP1 tem recebido, nos últimos dias, uma série de denúncias sobre a precariedade em hospitais da rede municipal de saúde da capital, principalmente no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), a principal unidade de emergência do Piauí, que atende pacientes em estágios mais graves de saúde, inclusive de outros estados. Os relatos são de falta de medicamentos e insumos, além de problemas estruturais, como aparelhos de ar-condicionado com defeito, tudo isso comprometendo o atendimento aos inúmeros pacientes que dão entrada na unidade diariamente.

Nossa reportagem apurou que no hospital estão faltando medicamentos importantes para o tratamento de pacientes, entre eles, a Morfina, antibióticos para infecções em estágio avançado e remédios utilizados em pessoas com problemas graves no coração.

Foto: Marcelo Cardoso/GP1Hospital de Urgência de Teresina (HUT)
Hospital de Urgência de Teresina (HUT)

Além da gravidade que é a falta de medicamentos, os pacientes e funcionários do HUT se deparam com outros problemas de estrutura. Em um dos períodos mais quentes do ano em Teresina, inúmeros aparelhos de ar-condicionado estão sem funcionar, tornando o hospital, que era para ser um lugar onde se restaura a saúde da população, um local totalmente insalubre.

Segundo apurado pelo GP1, o clima é de desespero nos corredores do HUT, com tantas limitações. Os profissionais da saúde não sabem mais a quem recorrer, atendendo diariamente pacientes sem poder medicá-los e tratá-los devidamente.

Outros hospitais

Algumas situações se repetem em outras unidades de saúde, a exemplo do Hospital do Monte Castelo, onde um dos consultórios médicos está sem ar-condicionado há alguns dias, segundo relato de outra pessoa que conversou com o GP1. O médico de plantão na unidade atende os pacientes com a porta aberta, e precisa interromper os atendimentos para poder tomar ar fora da sala, o que compromete o funcionamento do hospital e aumenta o tempo de espera por atendimento.

Outro caso grave aconteceu na Maternidade Wall Ferraz (Ciamca), nessa semana, quando uma grávida em trabalho de parto esperou por mais de 12 horas para receber atendimento médico por falta de anestesia.

A estrutura do Ciamca também é precária, como pode ser visto em uma foto do teto da unidade, com infiltrações. A falta de ar-condicionado é outro problema, e as famílias das mulheres que entram em trabalho de parto precisam levar ventiladores de casa para que as pacientes possam suportar o calor.

Outro lado

Em nota, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou que está adotando as devidas providências para garantir a reposição dos medicamentos. Em relação ao Hospital do Monte Castelo, a FMS explicou que o problema no ar-condicionado ocorreu apenas em um consultório e os médicos foram deslocados para outra sala. Segundo o órgão, o conserto do aparelho já está sendo providenciado.

Leia na íntegra a nota da FMS:

A Fundação Municipal de Saúde informa que as providências estão sendo tomadas junto aos fornecedores (notificação e negociação, bem como regularização de eventuais pagamentos em aberto), bem como a conclusão de processos licitatórios e emergenciais, para o restabelecimento do abastecimento do HUT-FMS e garantir o seu regular funcionamento.

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