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Teresina - Piauí

Arma do namorado da influencer Ana Azevedo pode ter sido usada para matar filho de PM, diz DHPP

Além disso, o DHPP vai investigar se o namorado de Ana Azevedo participou da ação criminosa.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) solicitou a realização de exame de microcomparação balística na arma de fogo apreendida com o namorado da influencer digital Ana Azevedo, que foi apreendida pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas durante a Operação Faixa Rosa. O exame será realizado devido à suspeita de que a arma possa ter sido usada na execução de um adolescente, filho de um policial militar, identificado como Kauã Klif Lima do Nascimento, de 15 anos. Além disso, o DHPP vai investigar se o namorado de Ana Azevedo participou da ação criminosa.

Segundo o delegado Danúbio Dias, nesta quarta-feira (06), durante as investigações do crime, um dos participantes da execução indicou que executou o adolescente. Após isso, foi apontado que a arma usada para matar Kauã foi encontrada pelo DRACO, na residência onde Ana Azevedo vivia com o namorado. Além disso, ainda existem outros alvos que ainda não foram capturados pelo DHPP.

Foto: Lucas Dias/GP1Delegado Danúbio Dias
Delegado Danúbio Dias

“Durante a investigação, foi ouvido um indivíduo que apontou a alcunha de um dos envolvidos nesse assassinato, além de indicar que o executor foi um adolescente. Com relação a três adolescentes, já há um mandado de busca e apreensão expedido pela Vara da Infância, mas, infelizmente, não conseguimos apreender esse menor. Paralelamente, estávamos tentando qualificar esse indivíduo cuja alcunha foi mencionada durante o inquérito e, após o Draco realizar uma busca na residência dessa influencer, veio a confirmação de que um rapaz que estava no local correspondia ao nosso suspeito. Diante disso, o departamento requisitou imediatamente um exame de microcomparação balística para tentar confirmar se a arma encontrada na casa dela foi a utilizada contra o adolescente, pois é comum, nessas facções, que a arma permaneça em um local específico ou circule entre os membros. Além disso, há a informação de que esse indivíduo também teria participado do crime, e estamos aguardando o resultado dessa microcomparação para saber se a arma usada contra o adolescente é a mesma localizada na residência”, detalhou o delegado.

Ainda conforme o delegado, para o inquérito ser concluído, falta somente a captura dos outros suspeitos e averiguação mais detalhada sobre a motivação do crime. A principal linha de investigação envolve a disputa entre facções rivais. No dia do crime, o adolescente chegou a ser levado para uma sessão intitulada “raio-x” onde fizeram uma apuração do envolvimento de Kauã com organização criminosa.

“A investigação em relação ao adolescente já foi encerrada, até porque, além de um próprio membro da facção ter afirmado que ele participou, ele foi reconhecido por testemunhas oculares. Quando o adolescente foi levado para a emboscada e interrogado no local, havia testemunhas que presenciaram. Esses depoimentos foram categóricos ao reconhecer o adolescente, até porque ele usava um corte de cabelo diferenciado e apresentava tatuagens específicas, o que facilitou sua identificação. Quanto ao maior de idade, a investigação prossegue para tentar confirmar sua participação. O fato é que a vítima foi atraída até o local, onde esses dois indivíduos a abordaram e a questionaram sobre o assunto. A vítima foi então levada até o Dagmar Mazza, onde foi interrogada por esses indivíduos. O objetivo deles era confirmar ou não o envolvimento do adolescente com a organização criminosa. O fato é que a vítima foi assassinada. Portanto, presume-se que tenham encontrado alguma ligação do adolescente com a organização. No entanto, a investigação continua para confirmar ou não essa hipótese, já que estamos tentando capturar esse adolescente, a fim de que a apuração avance nesse sentido quanto à motivação. Mas é fato que ele foi levado ao Dagmar Mazza com o propósito de descobrir seu envolvimento com a organização criminosa”, ressaltou o delegado.

Entenda o caso

O filho de um subtenente da Polícia Militar do Piauí, o adolescente identificado como Kauã Klif Lima do Nascimento, de 15 anos, foi assassinado na madrugada de 18 de dezembro de 2024, em uma avenida que dá acesso ao conjunto Mário Covas, localizado na zona sul de Teresina.

O GP1 apurou que Kauã Klif foi morto com dois disparos de arma de fogo na região da cabeça, por volta de 00h30, nas proximidades do cruzamento entre a avenida que dá acesso ao Mário Covas e a rodovia BR 316, na zona sul da capital. Quando a guarnição da Polícia Militar chegou ao local, Kauã Klif estava próximo ao meio-fio e o SAMU foi acionado, mas ele já havia morrido.

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