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Moradores convivem com riscos constantes de deslizamentos de terra e desmoronamentos

Moradores do bairro Paroquial contam o drama que passam quando chove na cidade de Picos

Enquanto aguardam a inclusão dos seus nomes nos programas de habitação do governo federal, dezenas de moradores das ruas Bahia I, II e III, localizadas no bairro Paroquial em Picos, convivem diariamente com os riscos. A maioria não se desespera com a situação preocupante e sonha com a conquista de uma moradia digna.

A viúva Maria de Lourdes Moura Matos, 53 anos, mora no bairro Paroquial há 40 anos. Atualmente ela reside na rua Bahia II e com ela também um filho casado.

Imagem: José Maria Barros/GP1Bairro Paroquial tem várias casas construídas em área de risco.(Imagem:José Maria Barros/GP1)Bairro Paroquial tem várias casas construídas em área de risco.

“Vivemos em áreas de risco. O paredão que fizeram aqui está ameaçado e se cair leva junto às casas, quebrando cano geral e estourando fossas. Quando chove a gente fica sem dormir, com medo de desabar tudo em cima da gente. Faz medo na frente por causa do abismo e atrás por conta das pedras que podem se soltar”, conta a viúva Maria de Lourdes.

Ela disse que os moradores já cobraram providências junto ao poder público municipal de Picos por diversas vezes, no entanto, até hoje não foram atendidos. “Já procurei me cadastrar para conseguir uma casa do governo e nunca consegui, mas ainda tenho esperança”, pondera Maria de Lourdes dizendo estar cansada de viver em área de risco.

Imagem: José Maria Barros/GP1Bairro Paroquial, também conhecido como Chão dos Padres(Imagem:José Maria Barros/GP1)Bairro Paroquial, também conhecido como Chão dos Padres

Marlene Nunes de Moura Gonçalves também reside na rua Bahia II e convive com os riscos de desmoronamentos. Segundo ela, quando chove a família fica toda na sala da frente da casa temendo cair alguma pedra e causar uma tragédia. Ela informa ainda que na parte da frente o terreno está cedendo e causando preocupação aos moradores.

“O que a gente mais precisa aqui são de paredões, até porque tem uma galeria acima da rua que é perigosa. Se não tomarem providências a gente vai sofrer muito nesse inverno, porque as chuvas começaram agora e já está caindo parte do morro. Daqui a pouco não vai ter quem suba e nem desça”, prevê Marlene Nunes.

Imagem: José Maria Barros/GP1Casas erguidas em local inadequado.(Imagem:José Maria Barros/GP1)Casas erguidas em local inadequado.

José Saraiva, 44 anos, casado, pai de uma menina, mora na rua Bahia III e diz que lá a situação é precária. “Quando chove cai pedra, aterro e desce muita água e ninguém dorme temendo uma tragédia. Já nos prometeram casas em outros locais, mas até hoje estou esperando para sair dessa área de risco”, enfatiza.

Maria de Jesus mora na rua Bahia II, juntamente com uma filha e uma neta e diz que o perigo é constante, principalmente quando chove, pois caem muitas pedras e desce aterro. Como solução para o problema ela aponta a construção de um paredão na parte de trás da casa e outro na frente.

Imagem: José Maria Barros/GP1Moradora mostra os riscos(Imagem:José Maria Barros/GP1)Moradora mostra os riscos

A cabeleira Maria de Jesus também mora na rua Bahia II e gostaria muito de mudar para um local mais seguro. Ela já se cadastrou em programas do governo federal, porém, nunca foi contemplada com uma casa popular.

Além dos riscos, a cabeleira Maria de Jesus aponta outro problema do local, que é a falta de espaço para as crianças brincarem. “Faço um apelo aos gestores para construírem paredões e escadas para facilitar o acesso enquanto a gente não consegue uma moradia digna”, acrescenta.

Imagem: José Maria Barros/GP1Terreno está cedendo(Imagem:José Maria Barros/GP1)Terreno está cedendo

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