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Casal Styllos gastava dinheiro dos clientes com farra e orgia, diz delegado

Os dois são acusados de aplicar golpes em mais de 400 universitários, que prestaram queixas somente em Teresina, no 12º DP.

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Casal Styllos não mostra o rosto(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Casal Styllos não mostra o rosto

O casal Keila Moreno e Fabiano Neves, do Caso Styllos, foi apresentado hoje pela Polícia Civil na Delegacia Geral. Eles foram presos na quarta-feira (22), na cidade de Goiânia após fugirem em setembro de 2011 sem dar explicação aos milhares de estudantes que pagaram para a empresa “Styllos Eventos” para realizarem as suas formaturas.

Durante a apresentação dos acusados, eles se recusaram a falar sobre a prisão. Fabiano apenas disse que pretende investir na carreira de fonoaudiólogo, da qual é formado, e Keila Moreno apenas disse que o que tivesse que falar seria com as autoridades. A todo momento, eles se recusaram a mostrar o rosto.

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Chegada do Casal Styllos(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Chegada do Casal Styllos

A Fuga


Segundo o delegado geral James Guerra, o delegado Ewerton Férrer, de Picos, e o delegado Ademar Canabrava, do 12ª DP de Teresina, no dia 16 de setembro de 2011, Keila e Fabiano perceberam que não tinham mais condição de manter a empresa e resolveram fugir. O casal viajou para Goiânia com apenas R$ 2 mil.

Segundo o delegado Ewerton, em depoimento, eles alegaram que tiveram conhecimento que haviam sido denunciados a polícia e tinham a intenção de se apresentar, mas logo a polícia de Picos expediu um mandado de prisão e então eles decidiram não retornar mais a capital. “O casal ainda voltou para o Piauí, onde ficaram até março de 2012 na cidade de Monsenhor Gil e depois retornaram para a cidade de Goiânia”, disse Ewerton Férrer.

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1James Guerra, Ewerton Ferrer e Canabrava(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)James Guerra, Ewerton Ferrer e Canabrava

O delegado afirmou que em Goiânia, os dois viviam com dificuldades. Keila Moreno conseguiu um emprego de carteira assinada, onde vendia planos funerários e ganhava um salário mínimo. Fabiano Neves, ainda procurava por emprego e queria exercer a sua carreira de fonoaudiólogo. Segundo o delegado Canabrava, um dos fatores que ajudou a achar os acusados, foram pelos filhos de Keila, uma menina de 8 anos e um menino de 6 anos, que estudavam em uma escola local.

De acordo com o delegado Canabrava, somente em Teresina, foram oficializadas mais de 400 queixas, mas o número de lesados chegaria a mil clientes. Além disso, o rombo seria de cerca de R$ 2 milhões. Em Picos, foram 10 turmas lesadas e o prejuízo seria superior a R$ 300 mil.

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Ewerton Férrer e Canabrava(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Ewerton Férrer e Canabrava


Dinheiro usado em farra


O delegado Canabrava afirmou que o casal usava o dinheiro arrecadado para farras e orgias. “Os funcionários, afirmaram que eles ganhavam, por exemplo, uns R$ 5 mil em um dia, eles pegavam o dinheiro e iam gastar em orgias, farras, viajam para Fortaleza e outros estados e iam gastar o dinheiro”. O delegado James Guerra enfatizou que o dinheiro ganhado pela empresa seria suficiente para manter a empresa. “Eles ganhavam uma alta quantia de dinheiro, que era suficiente para pagar as despesas da empresa e para ter o seu lucro”, afirmou James Guerra.

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Delegado James Guerra(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Delegado James Guerra

O delegado Canabrava também afirmou que não acreditava que o casal estava separado, como foi veiculado.

Pena

Os acusados vão responder pelo crime de estelionato e podem pegar até 4 anos de prisão. Atualmente existem seis representações contra os acusados. Como a empresa faliu, é quase que mínima a possibilidade de os clientes lesados pela empresa conseguirem o dinheiro investido.

Três estudantes lesados pela empresa compareceram a entrevista coletiva. De acordo com Flávio Timotéo que se formou na turma de Direito da Facid, foi feito um acordo de R$ 75 mil, mas os alunos já haviam pagado cerca de R$ 35 mil. O aluno afirmou que ainda tinha esperança de reaver o dinheiro, mas que o que realmente esperava é pela punição dos acusado.

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Casal Styllos em apresentação(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Casal Styllos em apresentação


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