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Piauí

Carlos Pinho rebate críticas de deputados sobre policiais

“Isso foi uma ofensa, debitar isso na conta da polícia militar foi uma ofensa pública que se fez", criticou.

O presidente da Associação dos Oficiais Militares do Piauí (Amepi), Carlos Pinho, rebateu as declarações dos parlamentares que criticaram a participação de policiais militares nas manifestações contra a PEC de nº 003/2016, que limita os gastos públicos em 10 anos.

Na quarta-feira (21) os manifestantes tentaram invadir a sala do presidente Themistocles Filho, o que gerou críticas dos parlamentares, principalmente devido a participação de policiais. Para Carlos Pinho, a categoria se sentiu ofendida, de ser considerada a culpada pelo ato.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Carlos PinhoCarlos Pinho

“Isso foi uma ofensa, debitar isso na conta da polícia militar foi uma ofensa pública que se fez. Isso não podemos admitir, pois a sociedade piauiense conhece, que mesmo nos movimentos classistas, cumprimos a lei, exigimos que se cumpram a lei, a PM cumpre o regimento da Constituição. Nós temos direito de falar, de nos manifestar, não é nosso caráter militar que vai nos suprimir um direito previsto constitucionalmente e previsto para todos. Vivemos em um regime democrático de direito, onde se tem abertura para a livre manifestação do pensamento e para debate público envolvendo todos os servidores, incluindo os militares. É um processo gradativo que vem se ampliando, que é necessário e tem valor”, afirmou.

Ele disse afirmou que a polícia é responsável pelo cumprimento da lei e que não pratica baderna. “Tinham dezenas de categorias, onde se promoveu algumas ações das quais não concordamos. Por um caso provavelmente pessoal e descabido, resolveram debitar isso no aparelho de Segurança Pública do Estado e principalmente na polícia militar. Toda a sociedade piauiense conhece a postura dos policiais, somos cumpridores da lei, não praticamos baderna e não depredamos o patrimônio público”, disse o coronel.

Limite de gastos públicos

O coronel ainda criticou a PEC apresentada pelo governo. “Na verdade a gente se surpreende como o Partido dos Trabalhadores, que sempre foi de dentro do movimento sindical, e através do movimento se consolidou e hoje ocupa o poder, estar usando medidas draconianas para evitar a discussão e o debate em cima de um projeto, diferentemente do que foi colocado a nível federal. A PEC do governo federal tramitou no Congresso durante seis meses. Eles [governo estadual] botaram um projeto numa quinta-feira e na terça-feira já estava para ser aprovada. A PEC federal exerce um controle nos gastos muito mais eficiente do que a forma como está sendo proposta no Piauí. Aqui eles só controlam os gastos voltados aos serviços essenciais à manutenção da máquina, em cima da classe trabalhadora e deixa uma torneira aberta para gastar com obras, empréstimos e transferência de capital. O governo vem colocando massivamente uma informação inverídica e mentirosa”, finalizou

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