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Polícia

Delegado diz que segurança vendeu prova da PM-PI por R$ 2 mil

Na manhã desta sexta foram cumpridos além do mandado de prisão, um mandado de condução coercitiva, referente a um suspeito que pode ter tido acesso a prova, e cinco mandados de buscas e apree

A Polícia Civil do Piauí, através do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), detalhou nesta sexta-feira (07), a ação que prendeu um segurança de um shopping da Capital, identificado como Tadeu Bruno do Nascimento, de 28 anos. Ele é apontado como a pessoa que teve acesso à prova de português do concurso da Polícia Militar do Piauí, realizado no dia 21 de maio de 2017.

Segundo o delegado Kleydson Ferreira, coordenador da operação, para chegar ao preso, a polícia fez uma linha reversa, verificando todo mundo que teve acesso as questões da prova. “No dia que teve a prova do concurso para soldado da PM, foram presas várias pessoas. Dentre essas pessoas que foram presas, tinha sido preso um rapaz que tinha vazado uma prova de português nas redes sociais. Ao perguntar como ele tinha tido acesso a essa prova, ele informou o nome de quem tinha repassado essas questões. Ao achar essa pessoa, ela declinou o nome de outra. Ao verificar quem teve acesso a prova, chegamos até o segurança, que levou a prova impressa alguns dias antes da prova a dois candidatos, que distribuíram em redes sociais para outras pessoas”, disse o delegado.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Delegado  Kleydson FerreiraDelegado Kleydson Ferreira

O delegado Kleydson disse ainda que Tadeu Bruno negociou o repasse da prova de português em troca de dinheiro. “Ele negociou o repasse da prova de português no valor de 2 mil reais, mais 10 vezes o valor do salário, caso a pessoa obtivesse aprovação no concurso”, afirmou.

Em depoimento, o segurança preso disse que tinha recebido a prova no sábado que antecedeu a prova, mas, segundo o delegado, há indícios de que ele tenha recebido a prova na quinta-feira. A Polícia Civil continua investigando o caso.

Na manhã desta sexta foram cumpridos além do mandado de prisão, um mandado de condução coercitiva, referente a um suspeito que pode ter tido acesso a prova, e cinco mandados de buscas e apreensões com o objetivo de arrecadar outras provas. Segundo o delegado, o nome da pessoa que foi conduzida coercitivamente não pode ser divulgado devido a uma medida judicial.

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