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PF faz Operação contra tráfico de cocaína entre Brasil e Portugal

Nelma Kodama, alvo da primeira fase da Operação Lava Jato, em março de 2014, foi presa nesta terça.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 19, uma operação batizada ‘Descobrimento’ para desarticular suposta organização criminosa especializada no tráfico internacional de cocaína entre Brasil e Portugal. A apuração teve início após agentes apreenderem mais de 500 quilos da droga escondidos na fuselagem de um jato português que pousou na Bahia. A PF informou que a doleira Nelma Kodama foi presa em Lisboa. Em março de 2014, Nelma foi presa em São Paulo na primeira fase da extinta Operação Lava Jato quando tentava embarcar para Roma com 200 mil euros escondidos na calcinha. Segundo a PF, ela agia como doleira do tráfico entre Portugal e Brasil.

Agentes cumprem 46 ordens de busca e apreensão e nove mandados de prisão preventiva nos dois países. No Brasil, as diligências são realizadas nos Estados da Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco. Já em Portugal, a polícia vasculha três endereços e executa duas ordens de prisão preventiva nas cidades do Porto e Braga.

Foto: Polícia FederalApreensão da Operação Descobrimento
Apreensão da Operação Descobrimento

Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Salvador e pela Justiça portuguesa. A Justiça Federal ainda decretou o sequestro de imóveis e bloqueios de valores em contas bancárias usadas pelos investigados.

De acordo com a PF, as apurações foram iniciadas em fevereiro de 2021, com a apreensão de cocaína escondida na fuselagem de um jato executivo Dassault Falcon 900. A aeronave, pertencente a uma empresa portuguesa de táxi aéreo, havia pousado no aeroporto internacional de Salvador para abastecimento.

A Polícia Federal afirma que conseguiu, a partir da apreensão, identificar a estrutura da organização criminosa sob suspeita. De acordo com os investigadores, o grupo é composto por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar o entorpecente), transportadores (responsáveis pelo voo) e doleiros (responsáveis pela movimentação financeira do grupo).

Ao longo das apurações, a PF contou com o apoio do Ministério Público Federal, da Drug Enforcement Administration – a Agência de combate às drogas dos Estados Unidos -, e da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária Portuguesa.

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