Fechar
GP1

Polícia

Paulinho Chinês e Ítalo Freire são indiciados por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

O GP1 teve acesso, com exclusividade, aos autos do inquérito policial instaurado pela Depre.

A Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (Depre), indiciou Paulo Henrique Ramos da Costa Lustosa (Paulinho Chinês) e Ítalo Freire Soares de Sá e mais nove pessoas, todos alvos da Operação Mandarim, acusados de envolvimento em um esquema criminoso de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Eles foram indiciados pelo delegado Thiago Sales e Silva no dia 21 de dezembro de 2022, e o GP1 teve acesso, com exclusividade, aos autos do inquérito policial.

De acordo com o relatório do inquérito policial instaurado em 2018 e presidido pelo delegado Thiago Silva, o esquema criminoso seria comandado por Paulinho Chinês, apontado inicialmente como empresário, “o qual seria responsável por armazenar e distribuir grande parte dos entorpecentes comercializados no estado do Piauí”.

Foto: ReproduçãoPaulinho Chinês e Ítalo Freire
Paulinho Chinês e Ítalo Freire

Os integrantes do esquema foram identificados, grande parte, através da quebra de sigilo telefônico e bancário.

A primeira pessoa identificada ligada a Paulinho Chinês foi sua irmã, Ana Raquel da Costa Ramos, que, segundo a polícia é suspeita de ter envolvimento no tráfico de drogas, utilizando sua conta bancária como meio para o recebimento dos pagamentos oriundos da comercialização dos entorpecentes.

Dando continuidade às diligências, a Polícia Civil apurou que Paulinho Chinês tinha forte vínculo com André Kauê Dias Viana e Ítalo Freire de Sá, que, conforme as investigações, “tinham o papel de auxílio na logística relacionada aos entorpecentes, bem como na lavagem do capital obtido com a atividade ilícita, motivo pelo qual passaram a ser investigados”. Ítalo Freire é proprietário de empresas que, segundo as investigações, seriam usadas para lavar o dinheiro obtido com a prática criminosa.

Posteriormente, em 2022, a polícia chegou a outro nome: o de Raimundo Nonato Rodrigues da Conceição, que seria um dos responsáveis pelo transporte das drogas oriundas das regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil para o estado do Piauí.

O nome de Ramon Santiago Matos Nascimento surgiu após a polícia identificar transferências realizadas através da conta bancária de sua empresa (RS Matos Nascimento Negócios) para Raimundo Nonato.

A polícia também chegou a mais dois suspeitos através da verificação de movimentações bancárias vultosas. Tratam-se de Victor Levi Fernandes Soares e Maria de Fátima Soares Abreu, esta última, funcionária da loja Ponto Charme, de propriedade de Ítalo Freire.

Familiares envolvidos

Ainda de acordo com o inquérito, a esposa de Paulinho Chinês, Lorena Lustosa, que também foi presa durante a Operação Mandarim, é suspeita de participar efetivamente da organização criminosa, fazendo transações financeiras. Govandi Freire de Sá Filho, irmão de Ítalo Freire, é apontado como “laranja” do esquema, realizando pagamentos, através sua conta bancária, para locadoras de veículos que eram utilizados no transporte das drogas.

Indiciamento

Ao concluir o inquérito, o delegado Thiago Silva ressaltou que os fatos levantados durante a investigação “apontam indícios suficientes de autoria e materialidade relativa ao envolvimento dos investigados com os crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro”.

Diante disso, o delegado indiciou Paulo Henrique da Costa Ramos Lustosa (Paulinho Chinês), Lorena da Silva Lustosa Ramos, André Kauê Dias Viana, ítalo Freire Soares de Sá e Ramon Santiago Matos Nascimento pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.

Govandi Freire de Sá Filho, Maria de Fátima Soares Abreu e Victor Levi Fernandes Soares foram indiciados por lavagem de dinheiro. Ana Raquel da Costa Ramos, irmã de Paulinho Chinês, foi indiciada por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Operação Mandarim

Deflagrada no dia 23 de novembro de 2022 pela Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (Depre), a Operação Mandarim teve como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão e mandados de prisão preventiva contra envolvidos com o tráfico de drogas e associação para o tráfico nas cidades de Teresina e Timon.

Paulinho Chinês, apontado como o líder da organização criminosa, segue preso.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.