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Política

Vereador Netinho de Paula acusado de improbidade aponta viés eleitoral

Com relação ao processo, a nota deixou claro que ele ainda não existe.

O vereador paulistano Netinho de Paula (PCdoB) divulgou uma nota na quinta-feira (2) rebatendo as acusações de quebra de decoro parlamentar por má gestão no uso do dinheiro público. Segundo o texto, é estranho que "essa notícia seja veiculada logo depois da divulgação de pesquisa de intenção de votos realizada na capital e que o coloca como um dos principais nomes para a disputa da prefeitura de São Paulo no próximo ano".

Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo de hoje, a Câmara da capital vai decidir na terça-feira se abre processo para cassar ou suspender o mandato de Netinho e outros dois vereadores acusados de quebra de decoro parlamentar. Suspeito de usar notas frias para justificar gastos de gabinete, Netinho teve pena de 30 a 90 dias de suspensão do mandato indicada pela Corregedoria, mas a pena pode ser agravada e levar a pedido de cassação, caso o Plenário aceite pedido de abertura de processo contra o parlamentar.

Com relação ao processo, a nota deixou claro que ele ainda não existe. O que há "é um procedimento preliminar, voltado à análise da admissibilidade de um processo perante a corregedoria da Casa para analisar prestação de contas de verbas de gabinete do vereador". Além disso, "esse procedimento preliminar, em caso de aceitação de continuidade de investigação no plenário da Câmara, não tem como punição a cassação".

A base governista do prefeito Gilberto Kassab (sem partido), atualmente formada por 32 vereadores, já se articula e promete entrar em cena para tentar blindar os parlamentares e impedir que a representação na Corregedoria seja aberta, segundo o periódico paulista.

Em fevereiro, uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo afirmou que Netinho teria usado notas fiscais de empresas com endereços fantasmas para justificar os gastos de seu gabinete na Câmara. Na época, o Ministério Público listou ainda outras quatro empresas contratadas pelo gabinete de Netinho entre 2009 e 2010 cujos endereços não estavam declarados à Junta Comercial. Na ocasião, o vereador não quis dar explicações.

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