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"Não fomos nós que colocamos no centro desta eleição a política de apartheid", diz Wellington Dias

"Desde o primeiro governo Lula, e agora com Dilma, fizemos o bolo crescer, o que foi bom não só para quem estava na miséria, mas também para a classe média e para os mais ricos", completou.

O site O Globo divulgou neste domingo (26) reportagem sobre o desafio que o presidente eleito, Dilma Rousseff (PT) ou Aécio Neves (PSDB), enfrentará para unir o país. Segundo a reportagem, O Brasil chega à eleição deste domingo dividido, após uma campanha marcada por intensos ataques e novamente polarizada entre petistas e tucanos. Assim, o presidente eleito terá pela frente como uma das principais e imediatas tarefas desarmar os espíritos radicalizados nesta eleição.

Especialistas ouvidos pela reportagem disseram que terá que partir dos dois candidatos os primeiros gestos para minimizar as acentuações políticas agravadas pelo acirramento da disputa deste ano. A adoção de agenda comum ao adversário derrotado é apontada como uma das possíveis medidas que o vitorioso terá que fazer para acalmar os nervos dos militantes. Outro grupo de analistas acredita que a tendência é que o clima acirrado acabe assim que os primeiros resultados forem anunciados.

"Formou-se um clima belicoso que é nocivo a democracia. Uma das saídas é a adoção de agendas comuns entre os dois lados. O vencedor terá que, num gesto de aproximação, buscar uma agenda comum que abra o caminho de reconciliação", afirmou o cientista político da FGV-SP Marco Antônio Carvalho.

Já o professor da PUC-SP Pedro Fassoni pondera que, terminada a eleição, os ânimos não ficarão tão emocionais.

"A tensão está mais acirrada porque a disputa está mais acirrada. Isso se esvazia após o anúncio do vencedor. Não há uma retroalimentação desse processo. Não estamos num clima belicoso como alguns processos políticos chegam a ficar. É tenso e não belicoso".
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Wellington Dias(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Wellington Dias
O senador e governador eleito, Wellington Dias, falou sobre o assunto. De acordo com o petista não foi o partido o responsável por essa divisão: "Não fomos nós que colocamos no centro desta eleição a política de apartheid, do ódio entre as classes. Desde o primeiro governo Lula, e agora com Dilma, fizemos o bolo crescer, o que foi bom não só para quem estava na miséria, mas também para a classe média e para os mais ricos".

Já para Antonio Imbassahy (BA), líder do PSDB na Câmara: "O PT está jogando na falsa divisão do país como um instrumento de manutenção do poder. A divisão é coisa falsa. Eles estão aterrorizando os mais humildes e pobres — que coincidentemente moram no Nordeste e que necessitam de maior intervenção estatal —, dizendo que, se o PT perder, essa assistência que recebem do Estado vai acabar. Com o Aécio, isso vai ter um fim, porque ele colocará o Bolsa Família como um projeto de Estado, e não de poder".
Imagem: DivulgaçãoAntonio Imbassahy (Imagem:Divulgação)Antonio Imbassahy

*Com informações de O Globo

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