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Política

Delator diz que acertou propina de US$ 40 milhões com Temer

Ex-executivo da Odebrecht, Márcio Faria disse que reunião em 2010 serviu para 'abençoar' acordo sobre propina.

O ex-executivo da Odebrecht, Márcio Faria, afirmou em depoimento que participou, em 2010, de uma reunião comandada pelo presidente Michel Temer em São Paulo, na qual foi discutida a “compra do PMDB” por US$ 40 milhões.

Márcio Faria é um dos ex-dirigentes da empreiteira que fechou acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato. De acordo com informações do G1, as delações foram homologadas pelo Supremo Tribunal Federal.  No depoimento, Faria afirma que a reunião ocorreu em 2010. Participaram do encontro os ex-deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso e condenado na Lava Jato, e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

Segundo o delator, a reunião foi marcada para "abençoar" um acordo que envolvia o pagamento de propina para garantir o andamento de um contrato da Odebrecht com a diretoria Internacional da Petrobras que, afirma Faria, era comandada à época pelo PMDB. De acordo com o delator, a propina, que ele diz ter sido exigida por um interlocutor do PMDB não identificado, foi de 5% sobre o valor do contrato, o que equivalia "em volta de US$ 40 milhões."

  • Foto: André Dusek/Estadão ConteúdoMichel TemerMichel Temer

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência informou por meio de nota nesta quarta-feira (12), que Temer "jamais tratou de valores com o senhor Márcio Faria". Além disso, acrescentou que "a narrativa divulgada não corresponde aos fatos e está baseada em uma mentira absoluta".

Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela assessoria de Temer:

Nota à imprensa

O presidente Michel Temer jamais tratou de valores com o senhor Márcio Faria. A narrativa divulgada hoje não corresponde aos fatos e está baseada em uma mentira absoluta. Nunca aconteceu encontro em que estivesse presente o ex-presidente da Câmara, Henrique Alves, com tais participantes.

O que realmente ocorreu foi que, em 2010, na cidade de São Paulo, Faria foi levado ao presidente pelo então deputado Eduardo Cunha. A conversa, rápida e superficial, não versou sobre valores ou contratos na Petrobras. E isso já foi esclarecido anteriormente, quando da divulgação dessa suposta reunião.

O presidente contesta de forma categórica qualquer envolvimento de seu nome em negócios escusos. Nunca atuou em defesa de interesses particulares na Petrobras, nem defendeu pagamento de valores indevidos a terceiros.

Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República

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