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Política

Israel Gonçalves defende eleição pelo sistema distrital misto

Para o procurador regional eleitoral, o país nunca terá um sistema eleitoral perfeito, já que isso passa também pela qualidade dos candidatos que serão eleitos.

Em entrevista ao GP1, o procurador regional eleitoral Israel Gonçalves comentou as mudanças que estão previstas na Reforma Política que deve ser votada ainda nessa semana na Câmara dos Deputados. Ele disse acreditar que atualmente o sistema distrital misto é a melhor opção para a escolha dos candidatos.

Na reforma política, a proposta é de que o sistema distritão seria aplicado nas eleições de 2018 e 2020, estabelecendo que vence o candidato que receber mais votos. Já em 2022 seria aplicado o distrital misto, que combina votos majoritários e em lista preordenada dos partidos. O procurador explicou que o distrital misto ajudaria a cobrar mais efetivamente as ações dos candidatos eleitos, além de representar uma redução nos custos.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Israel GonçalvesIsrael Gonçalves

“No distrital misto haveria maior controle do eleitor sobre o seu candidato que venceu. Vou citar como exemplo o caso dos candidatos a deputados estaduais. Vai ser feito um cálculo de quantos municípios vão formar um distrito ou no caso de uma cidade muito grande como Teresina, quantos distritos vai ter nela. Para se ter uma ideia, Teresina pode ter uns três distritos, isso significa que os moradores da cidade vão poder eleger três deputados. Então os candidatos a deputados vão ter aqueles bairros para trabalhar na campanha e na hora de prestar contas também é só para aquela área. Não precisa fazer campanha de Luís Correia até Corrente. Isso diminui os custos de campanha e é o ideal. O distritão da forma como estão colocando, não adianta porque vai ter fazer campanha no estado todo e isso é gasto”, explicou.

Para o procurador regional eleitoral, o país nunca terá um sistema eleitoral perfeito, já que isso passa também pela qualidade dos candidatos que serão eleitos.

“O chamado de distrital misto é bem melhor que o distritão. Claro que o sistema proporcional, hoje adotado, tem seus contras, como também tem os seus prós. O que temos que entender é que não vamos conseguir ter um sistema eleitoral ideal, infelizmente. Porque não é o sistema eleitoral que vai moldar a moral dos candidatos ou a ética dele. Para o país melhorar, a classe política precisa melhorar o seu nível. Não adianta ter um novo sistema eleitoral, se a pessoa quer assumir um cargo querendo colocar a mão no erário público e praticar corrupção, tudo vai falhar. Essa melhoria do nível dos nossos políticos, passa pelo próximo ano, nas eleições, onde é necessário que não se escolham pessoas que não tenham algo ligado a corrupção”, destacou.

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